Por Dentro de Minas (MG)

Polícia Civil prende suspeitas por exploração sexual de adolescentes no Sul de Minas

Presas por exploração sexual – Foto: Divulgação/Polícia Civil
Como desdobramento de uma investigação de exploração sexual infantojuvenil, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou nesta quarta-feira (5), em Poços de Caldas, a Operação Book Rosa, que resultou na prisão preventiva de duas mulheres, de 34 e 51 anos. Elas são suspeitas de anunciar programas sexuais em um blog, que seriam atendidos por adolescentes de 15 e 17 anos.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Cleyson Brene, o trabalho investigativo teve início em janeiro deste ano, e partiu de uma denúncia do Ministério Público, informando sobre uma possível casa de prostituição no bairro Centenário. A equipe de policiais civis, utilizando-se de ferramentas de inteligência e diligências em campo, chegaram até as suspeitas. Posteriormente, a autoridade policial solicitou à Justiça os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão no imóvel.

Os levantamentos da PCMG apontam que pelos menos dois adolescentes e uma jovem de 18 anos seriam vítimas do esquema de prostituição. “Num profícuo trabalho investigativo, pudemos confirmar a existência de um blog, com oferta de serviços sexuais, além do número de telefone para contato. Inclusive, uma das vítimas era filha de uma das investigadas”, detalha o delegado.

Ainda segundo Cleyson Brene, durante a investigação, foi apurado que além da exploração dos adolescentes, com anúncio via internet, a residência era utilizada para serviços sexuais. “Nos aparelhos telefônicos das investigadas constam conversas agenciando os programas”, informa o delegado. Segundo ele, ainda foi levantado que as suspeitas recebiam pelo agenciamento e cobravam por mais serviços.

As investigadas podem responder por exploração sexual de adolescente, cuja pena é de até dez anos de prisão, conforme artigo 244 A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); por manter casa de prostituição, de dois a cinco anos de prisão, e por rufianismo (tirar proveito da prostituição alheia), até quatro anos de prisão, de acordo com os artigos 229 e 230 do Código Penal, respectivamente.

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