De acordo com o delegado responsável pelo caso, Cleyson Brene, o trabalho investigativo teve início em janeiro deste ano, e partiu de uma denúncia do Ministério Público, informando sobre uma possível casa de prostituição no bairro Centenário. A equipe de policiais civis, utilizando-se de ferramentas de inteligência e diligências em campo, chegaram até as suspeitas. Posteriormente, a autoridade policial solicitou à Justiça os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão no imóvel.
Os levantamentos da PCMG apontam que pelos menos dois adolescentes e uma jovem de 18 anos seriam vítimas do esquema de prostituição. “Num profícuo trabalho investigativo, pudemos confirmar a existência de um blog, com oferta de serviços sexuais, além do número de telefone para contato. Inclusive, uma das vítimas era filha de uma das investigadas”, detalha o delegado.
Ainda segundo Cleyson Brene, durante a investigação, foi apurado que além da exploração dos adolescentes, com anúncio via internet, a residência era utilizada para serviços sexuais. “Nos aparelhos telefônicos das investigadas constam conversas agenciando os programas”, informa o delegado. Segundo ele, ainda foi levantado que as suspeitas recebiam pelo agenciamento e cobravam por mais serviços.
As investigadas podem responder por exploração sexual de adolescente, cuja pena é de até dez anos de prisão, conforme artigo 244 A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); por manter casa de prostituição, de dois a cinco anos de prisão, e por rufianismo (tirar proveito da prostituição alheia), até quatro anos de prisão, de acordo com os artigos 229 e 230 do Código Penal, respectivamente.