Cinco presos, um menor apreendido e a recuperação de parte do material roubado. Esse foi o resultado de mais uma investigação realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Foram presos José Francisco Marques Filho, 54 anos – líder da associação criminosa e ex-motorista das vítimas, Arnaldo Alves da Silva, 29, o jardineiro do condomínio, Thalisson Celso Martins Souza, 19, Matheus Pierre da Costa Monteiro, 18, caseiro da vitima, e Denis Lourenço dos Santos, 30.
Também foi apreendido um adolescente de 17 anos. Eles são suspeitos de cometerem uma tentativa de latrocínio no dia 16 de fevereiro deste ano, no condomínio Aldeias do Lago, em Esmeraldas, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com o crime, os bandidos causaram um prejuízo patrimonial de cerca de R$ 500 mil às vítimas, no entanto, conseguiram apurar na venda das joias e relógios o montante de R$ 12 mil.
O delegado Felipe Freitas, responsável pelas investigações, conta como o crime aconteceu. “No dia dos fatos, C.M.C., 64 anos, e G.L.C., 57, foram surpreendidos na residência deles por quatro indivíduos, sendo um deles armado. Eles agrediram e torturaram as vítimas a fim de subtrair dinheiro, joias e outros pertences do casal. Após o roubo, colocaram os dois dentro de seu próprio veículo e seguiram sentido Ibirité, onde torturaram o casal novamente e desferiram dois disparos de arma de fogo contra C.M.C. Um dos disparos atingiu a face e ainda decepou um dedo da vítima. O outro acertou a nuca. Em seguida, os bandidos deixaram as vítimas no matagal e abandonaram o veículo na rodovia 381, onde incendiaram o automóvel”, informou o delegado.
De acordo com os levantamentos, um caseiro e um ex-motorista da vítima tramaram o crime. Eles ainda contaram com a participação de um jardineiro do condomínio para passarem despercebidos pela guarita de segurança. Na ocasião, o jardineiro colocou seus comparsas dentro do porta-malas de um veículo e entrou no condomínio, alegando que havia esquecido documentos em seu local de trabalho. Já no interior da propriedade, deixou seus comparsas próximos à residência das vítimas.
Chama atenção a violência praticada contra C.M.C., que foi brutalmente espancado, sendo que José Francisco a todo o momento queria arrancar os olhos e cortar a língua da vitima, sendo contido por seus comparsas, que então decidiram matá-lo. A ação não foi consumada por circunstâncias alheias à vontade deles.
A PCMG ainda conseguiu recuperar pedras preciosas da vítima avaliadas segundo a mesma em $40 mil dólares.
Todos os autores foram presos e encaminhados ao Sistema Prisional. No caso do menor infrator, foi decretada a internação provisória.
Os suspeitos responderão por roubo qualificado ou tentativa de latrocínio, associação criminosa e corrupção de menores.