
Com direção de Ana Teixeira e Stephane Brodt, a nova criação do Amok Teatro, “Os Cadernos De Kindzu”, tem como ponto departida a obra literária “Terra Sonâmbula”, do escritor moçambicano Mia Couto. Depois de receber inúmeras indicações a prêmios importantes do teatro brasileiro, o espetáculo carioca estreia em Belo Horizonte no dia 6 de abril, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), e pode ser assistido até 8 de maio. Com preços populares, entre R$ 10 e R$ 20, a montagem de 130 minutos será apresentada sempre às 19h.
Dentre as indicações, estão o Prêmio Shell de direção (Ana Teixeira e Stephane Brodt), ator (Thiago Catarino) e música (Stéphane Brodt e atores); Prêmio Cesgranrio de melhor direção e melhor espetáculo; Prêmio Botequim Cultural de melhorespetáculo, de melhor atriz (Graciana Valladares), melhor atriz coadjuvante (Luciana Lopes), melhor autor (Ana Teixeira e StpehaneBrodt pela adaptação do texto) e Prêmio APTR de melhor atriz coadjuvante (Luciana Lopes), de melhor ator coadjuvante (Gustavo Damasceno), melhor ator coadjuvante (Stephane Brodt) e melhor música (Stéphane Brodt).
O espetáculo conta a trajetória do jovem Kindzu, que, para fugir das atrocidades de uma devastadora guerra civil, deixa sua vila eparte para uma viagem iniciática. Nela, encontra outros fugitivos, refugiados e personagens repletos de humanidade que lhe farãoviver experiências ancoradas tanto na cultura tradicional do sudeste da África, quanto na vivência de um conflito devastador.
“Como o menino Muidinga e o velho Tuahir do livro de Mia Couto, mergulhamos nos doze cadernos que compõem o diário de Kindzue trilhamos a via das narrativas que revelam a dimensão onírica e mítica da existência, como formas de resistir à violência“, declaraa diretora Ana Teixeira.
Kindzu é parte de uma trajetória iniciada com o espetáculo “Salina (A Última vértebra)”, na qual o grupo investiga as formasnarrativas, com inspiração em tradições de matriz africana. Salina e Kindzu trazem duas diferentes visões sobre o continenteafricano e duas diferentes propostas de linguagem cênica: enquanto Salina é um mergulho numa África ancestral, Kindzu faz umaincursão numa África pós-colonial.
“O texto de ‘Os Cadernos de Kindzu’ foi abordado com a abertura de quem busca um diálogo criativo e não uma tradução cênica deuma obra literária. Ao longo desse processo, uma nova narrativa foi se construindo. A trajetória de Kindzu e seus companheirosencontraram uma identidade própria na cena, porém, não se afastaram da escrita de Mia Couto, da sua riqueza poética e suas imagens ancoradas na cultura oral africana”, explica Stephane Brodt.
Passando do conto à ação e da palavra ao canto, o espetáculo propõe uma incursão na guerra de independência do Moçambique, paraexplorar a natureza humana e a necessidade de reconstruir a vida e a memória. Com “Os Cadernos Kindzu”, o Amok Teatro aborda ofantástico e explora a língua portuguesa, em diferentes sonoridades.
Os Cadernos e Kindzu aprofunda a pesquisa cênica iniciada com o projeto Salina (A Última Vértebra), onde o Amok investiga diferentes formas da narrativa, no contexto de culturas africanas, afro-brasileiras e, agora, afro-lusitanas. Com Kindzu, amúsica, a literatura e o teatro se fundem numa expressão única e indissociável.
Sobre o Amok Teatro – www.amokteatro.com.br
Dirigido por Ana Teixeira e Stephane Brodt, o Amok Teatro é uma companhia do Rio de Janeiro e caracteriza-se pela dedicação a um processo contínuo de pesquisa sobre a arte do ator e as possibilidades de encenação. Desde sua fundação em 1998, o grupotem recebido por seus espetáculos diversos prêmios do teatro nacional e um grande reconhecimento da crítica e dopúblico, sendo considerada hoje uma das companhias de maior prestígio da cena carioca contemporânea.
Além do Brasil, o Amok vem se destacando na China, onde se apresenta desde 2014. No final de 2016, por exemplo, seguiramnovamente a convite do país com o espetáculo “Salina”.
Os processos de criação e formação estão profundamente ligados nos trabalhos do Amok Teatro. A pedagogia responde à necessidadede promover uma dimensão do teatro que não se limita a produção de espetáculos e busca transmitir valores artísticos que não têmcomo único objetivo os resultados.
FICHA TÉCNICA
“Os Cadernos de Kindzu” é uma criação do Amok Teatro, a partir da obra “Terra Sonâmbula” de Mia Couto.
Direção, cenário e figurino: Ana Teixeira e Stéphane Brod
Assistente de direção: Sandra Alencar
Atores: Graciana Valladares (Farida), Gustavo Damasceno (Romão Pinto e Anão Xipoco), Tatiana Tibúrcio (Mãe Kindzu, Tia Euzinha e Juliana), Sergio Loureiro (Pai Kindzu e Quintinho) Thiago Catarino (Kindzu), Vanessa Dias (Assma, Anão Xipoco e Virgínia), Stephane Brodt (Surendra)
Luz: Renato Machado
Direção musical: Stéphane Brodt
Música (criação e interpretação): o elenco
Coordenação administrativa: Eureka Ideias/Sonia Dantas
Sinopse:
O espetáculo conta a trajetória de Kindzu, que parte para uma viagem iniciática a fim de fugir das atrocidades de uma guerra civil. O trabalho da companhia aprofunda a pesquisa cênica iniciada com o projeto “Salina (A Última Vértebra)”, investigando diferentes formas da narrativa, fazendo agora uma incursão numa África pós-colonial em meio à guerra de independência de Moçambique, explorando a natureza humana e a necessidade de reconstruir a vida e a memória.
Serviço
Espetáculo Os Cadernos de Kindzu”, com Amok Teatro
Datas: de 06 de abril a 08 de maio – quinta a segunda, sempre às 19h
Local: Sala Multiuso do Centro Cultural Banco do Brasil(Praça da Liberdade, 450 – Funcionários – Belo Horizonte)
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)
Bilheteria: 3431-9503
Duração: 130 minutos
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos
Imagens em video:
https://vimeo.com/191788891
https://vimeo.com/203150975
https://vimeo.com/203066967
https://vimeo.com/203014843
A senha para todos os vídeos privados:amok123
Informações: www.bb.com.br/cultura
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