Saiba o que é a Oligospermia

Para aqueles que estão em idade reprodutiva e que têm o sonho da maternidade e paternidade, a palavra infertilidade assusta. Quando se trata de um casal que está há algum tempo à espera de um bebê, se faz necessário um check-up na saúde para saber se está tudo certo ou se existe algum problema que necessita de tratamento.

A oligospermia pode ser um dos problemas que afeta a fertilidade masculina. No que se refere à capacidade reprodutora feminina e masculina, há algumas diferenças que precisam ser salientadas. A mulher nasce com um número certo de óvulos a liberar ao longo da vida, já o homem não tem esse problema, aliás, é comum que homens com idade avançada sejam pais. Mas para que exista um sêmen fértil, é preciso que haja a quantidade de 20 milhões de espermatozóides por mililitro, e se houver um número inferior a esse, então pode se tratar de um quadro de oligospermia. Leia também: Aprovada em nove universidades dos EUA, jovem pede doação para viagem

Como é possível saber se o homem tem esse problema?
Para que o homem possa saber se existe algum problema, precisa se submeter a um espermograma.  O tempo considerado limite para a concepção é de 12 meses, se após esse período o casal não consegue engravidar, é preciso que se submeta a uma investigação sobre o que pode estar ocorrendo em relação à fertilidade.

Por meio do espermograma, é possível que se saiba se existe ou não um problema mais sério, se houver quantidade inferior a 20 milhões de espermatozóides, ainda assim, pode se tratar de um problema de infertilidade passageiro, mas se houver uma quantidade inferior a 2 milhões, pode se tratar de um caso avançado de oligospermia.

O que causa a Oligospermia?
O portal sobre maternidade Trocando Fraldas (confira) esclarece que este problema pode se originar por diversos motivos, dentre eles, má alimentação, fumo, abuso do álcool, uso de roupas apertadas, entre outros fatores que podem estar relacionados com o inchaço nos testículos que pode culminar no problema da oligospermia.

Estudos científicos ao redor do mundo também têm apontado que o estresse diário também pode contribuir para a queda na qualidade do esperma.

De acordo com artigo publicado pela Universidade de Ribeirão Preto, até o século 15 a esterilidade era considerada problema exclusivo feminino e foi apenas no século18 que ocorreu a primeira experiência com a inseminação artificial, a prática da inseminação foi condenada pela igreja católica no século 19.

Tratamento para o problema
O tratamento vai depender do motivo que pode ter ocasionado a oligospermia, se a causa for uma vida estressante, má alimentação, falta de exercícios, uma mudança no estilo de vida pode solucionar o problema.

Se for um caso de varicocele, que resumidamente é quando existe uma dilatação nas veias dos testículos que pode afetar a fertilidade, o problema pode ser corrigido com cirurgia local, mas mesmo assim, há casos que demandam medicação mesmo após a cirurgia.

Se a oligospermia for resultado de processo inflamatório causado por bactérias, medicamentos podem ser administrados para tratar o problema e regular a quantidade de esperma, resolvendo o problema da infertilidade. Tudo dependerá de cada caso.

Em relação às roupas apertadas, costuma-se indicar a utilização de samba canção ao invés de cuecas convencionais apertadas, que podem gerar inflamação.

Se em mais de um ano de tentativas de gravidez, não houve resposta, o indicado é que o casal procure auxílio para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

Fonte
BUENO, José Geraldo Romanello; MENEZES, Daniel Francisco Nagal. Os limites da gestação de substituição na reprodução assistida. Revista Paradigma, Ribeirão Preto-SP, a. XX, V. 24, N. 1, p. 17-33. Jan./jun. 2015. Disponível em: www9.unaerp.br/revistas/index.php/paradigma/article/view/536/524