Operação “Cardsharing” apreende decodificadores clandestinos de TV a cabo

Em uma operação realizada na quinta-feira (9), a Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu 136 decodificadores clandestinos de TV a cabo, conhecidos como “decoders” ou “Azbox”. O material foi encontrado em posse de Weder Pinto da Cunha, de 36 anos, suspeito de distribuir os equipamentos para lojas em Belo Horizonte.

Segundo os levantamentos, os equipamentos possivelmente seriam fornecidos a shoppings populares da capital. Os aparelhos, quando ligados a uma antena ou cabo de empresas provedoras de serviços de televisão paga, violam os códigos de proteção e permitem a exibição de todos os canais da operadora de graça. “Esse tipo de produto não é homologado pela Anatel e por isso a venda dele no país é ilegal, chegando às lojas através de contrabando”, explica a delegada responsável pelas investigações, Renata Fagundes.

As investigações, que duram cerca de três meses, dão conta de que Weder atuava como um distribuidor do material, que seria vendido na faixa de R$ 400 cada unidade. O suspeito alegou à polícia ter recebido a mercadoria de terceiros, e que todo material provinha do Paraguai. A polícia investiga agora qual seria o destino exato da mercadoria. A delegada ressalta que apesar de já terem sido apreendidos equipamentos desse tipo anteriormente, é a primeira vez que a polícia prende um fornecedor.

Weder, que não possuía antecedentes criminais, foi detido na região do bairro Cidade Nova, em Belo Horizonte, dirigindo um Renault/Duster com todo o material apreendido. O suspeito foi autuado em flagrante por receptação e posteriormente liberado mediante pagamento de fiança.

Renata Fagundes alerta a população para a compra e uso desse tipo de decodificador. “Por ser um produto com venda proibida no Brasil, quem utilizá-lo pode incorrer até mesmo ao crime de receptação culposa”, destacou.