O conflito entre dois grupos rivais está sendo apontado pela Polícia Civil como motivação para o homicídio de João Vitor Abreu, 34 anos, segurança no Tribunal Regional Federal (TRF). O jovem foi assassinado na noite do dia 5 de junho do ano passado, na Praça Duque de Caxias, bairro Santa Tereza, região Leste da capital.
Apesar de não ter envolvimento com a criminalidade, a vítima mantinha amizade com traficantes de drogas que atuavam na região, o que incitou a ira de integrantes de uma gangue rival a dos colegas.
Em razão desse crime, a polícia cumpriu mandados de prisão contra Artur Ferreira Macedo Neto, apontado como mandante do homicídio, e Lucas Batista Correa, responsável por conduzir a moto utilizada na ação, ambos de 20 anos. A Polícia também indiciou Vitor Gomes Barbosa, 21 anos, visto que ele teria emprestado a arma utilizada no assassinato. Um adolescente de 17 anos seria o responsável pela execução do crime.
A delegada responsável pelo inquérito policial Alice Batello ressaltou que Artur ordenou o crime de dentro do presídio, visto que, à época dos fatos, cumpria pena por roubo. “Todos os envolvidos são muito jovens, mas como Lucas já tinha completado a maioridade penal, acabou designando o adolescente para cometer o crime”, afirmou.
Tramas cruzadas
Conforme investigação, no dia 4 de maio de 2012, durante conflito envolvendo essas duas gangues, Alan Douglas Faria Matins (o “Biluzinho”) e Luiz Gustvo Pinheiro Silva (“Lanke”), amigos de João Vitor, assassinaram Samir Abner Pinheiro Silva Santos, traficante rival. Na ocasião, surgiram boatos de que Samir foi impossibilitado de fugir porque João Vitor o fez tropeçar, colocando o pé em sua frente.
Já em 2015, João Vitor postou em rede social uma foto na companhia de Alan, o que aumentou ainda mais a revolta entre os companheiros de Samir. Por esse motivo, Artur ordenou a morte da vítima. Em razão da morte de Samir, a Polícia cumpriu mandado de prisão contra Alan Douglas. Já Luiz Gustavo, foi vítima de homicídio no dia 15 de abril de 2015.