Nesses anos todos como psicólogo clinico presenciei o fracasso de diversas relações amorosas, causado pelo medo. Para entender esse fenômeno é importante entender a emoção medo e o quanto ela atrapalha ou ajuda dependendo da dosagem. Por fim vou expor dicas de como evitar esse problema.
Inicialmente é importante entender o conceito de fragilidade: “frágil é todo ser que tem em sua constituição a possibilidade de não ser mais o que é”, quer dizer, ele pode ser destruído. Por exemplo, um copo de cristal é considerado frágil pois num choque pode quebrar-se, transformando-se em cacos de cristal, deixando de ser um copo. Uma pessoa é frágil tanto física como psicologicamente. No primeiro caso em virtude de poder ferir-se, causando lhe lesões no seu corpo ou mesmo morrer dependendo da gravidade. E psicologicamente quando a pessoa mancha sua reputação, ou antecipa que pode ser destruída no modo como as pessoas a consideram. Por exemplo tem medo de falar em público porque antecipa que vai se perder na apresentação e não quer ser vista como alguém atrapalhada ou incompetente. Tendo presente o conceito de fragilidade podemos entender o medo.
Sentir a emoção medo é antecipar que algo externo pode lhe aniquilar: lhe ferir, matar ou destruir sua imagem na relação com os outros. O medo pode ser real, quando a pessoa se depara com situações de risco que pode realmente lhe causar ferimento, ou imaginário quando ela considera que algo vai lhe ocorrer mesmo quando sem fundamento. Em certa dosagem o medo é nosso amigo, pois nos faz agir com cautela, mas quando exacerbado ele prejudica. Agora vamos ver como o medo pode atrapalhar a relação amorosa.
Quando a pessoa num relacionamento amoroso tem medo do outro lhe abandonar, e pode ser pelos mais variados motivos, passa a sofrer por antecipação, bem como, agir de maneira não natural. Em algumas situações quer agradar em demasia sufocando o outro e geralmente se transformando numa pessoa previsível e sem o mistério da paixão. Em outras, seu medo a faz se proteger a tal ponto que prefere ficar só para não ser “dispensada” e por vezes passa a desconfiar e acusa o outro, considerando-o o mal da relação. Noutros se torna tão carente que exige uma presença tão constante do outro que o sufoca. Como evitar essas situações?
Pense a partir do seu “EU”. De uma forma crítica veja o que está acontecendo e se tem fundamento real seus pensamentos. Aja com segurança a partir do seu projeto de vida e não na dependência do outro, sem ser egoísta, nem deixar de pensar na relação em conjunto. Caso não consiga fazer isso sozinho procure ajuda profissional. E esse medo pode atrapalhar na relação sexual: ansiedade, ejaculação precoce, impotência, frigidez e dificuldade de lubrificação? Esse será o tema do próximo artigo.
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