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Operação policial termina com prisão de grupo envolvido em chacina na capital

Um crime qualificado por motivo torpe, com emprego de meio que resultou em perigo comum, e mediante recurso que tornou impossível a defesa das vítimas. Assim a Polícia Civil concluiu sobre a chacina que vitimou três homens e deixou outro ferido, fato ocorrido no dia 10 de maio deste ano, no beco Elízio de Brito, no bairro Boa Vista, região Leste da capital.

Durante operação desencadeada por policiais civis, no dia 11 deste mês, foram presos Peterson Magalhães da Silva Gomes (o “Cara de Peixe”), de 19 anos, e Bruno Wallace Almeida Meireles (o “Rabugento” ou “Sem Pescoço”), de 22. Também foram cumpridos mandados de prisão contra Max Gomes de Moura (o “Todinho”), de 24 anos, e Rafael Rocha Araújo (conhecido como “Dora”), de 21.

Max e Rafael estavam presos em virtude de um flagrante, ocorrido no dia 22 de setembro, pelos crimes de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. De acordo com exame de balística, o revólver calibre 38, apreendido com a dupla, é o mesmo utilizado na chacina do dia 10 de maio.

Chacina
Conforme investigação, o alvo do grupo era Joscelino Anselmo de Lana Telles (o “Bola”), de 26 anos, morto durante a ação. No entanto, Guilherme César Martins, de 19 anos, e Gabriel Henrique de Oliveira (o “Gordinho”), de 18, também foram atingidos e não resistiram aos ferimentos. Um homem de 38 anos, que estava no local, foi o único sobrevivente da ação criminosa. No momento do delito, várias pessoas, incluindo crianças, estavam no beco.

A delegada responsável pelo inquérito policial, Alice Batello, explicou que a motivação para o crime seria um desacordo sobre a venda de drogas na região, haja vista que o combinado com Joscelino era de que ele comercializasse apenas maconha, o que não estava acontecendo.

“Os autores entraram no beco atirando, visando matar Joscelino, que estava vendendo crack e cocaína no local, fazendo concorrência com os suspeitos, traficantes que agem no Beco Sucuri, no mesmo bairro. Peterson e Rafael desferiram os disparos contra Joscelino, atingindo, inclusive, as outras vítimas. Enquanto isso, Max e Bruno ficaram na entrada do beco dando cobertura em uma moto. Como a vítima Gabriel tentou fugir do local em uma bicicleta, Max o matou”, contou Batello.

Max é conhecido por liderar o tráfico de drogas na região, sendo que contra ele já havia uma condenação por um homicídio cometido na cidade de Pirapora. A delegada informou que irá solicitar à Justiça a conversão da prisão dos suspeitos para preventiva, em virtude de ameaças que testemunhas do crime estariam sofrendo.

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