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Suspeito de aplicar diversos golpes milionários contra mulheres é preso em Belo Horizonte

Após investigações de mais de três anos, a Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, no dia 23 de setembro, na capital, Sérgio Rocha Cardoso (conhecido como “Tigrão”), de 51 anos. Ele é suspeito de aplicar diversos golpes contra mulheres, geralmente aposentadas, com promessas de vida conjugal, e explorar o patrimônio das vítimas.

Conforme apurado, Sérgio contraia empréstimos junto às vítimas, os quais nunca eram pagos, além de realizar compras com cartão de crédito, chegando a ter acesso a senhas bancárias. Uma das vítimas chegou a ter prejuízo de R$ 110 mil.

Segundo o delegado Eduardo de Alencastro Filho, responsável pelas investigações, as ações criminosas de Sérgio se baseavam na busca de relacionamentos amorosos com mulheres na faixa etária de 50 anos, em sua maioria solitárias e descompromissadas, com as quais o suspeito iniciava os relacionamentos em casas noturnas e boates. “As vítimas eram selecionadas segundo o montante de seu patrimônio, normalmente mulheres aposentadas detentoras de uma renda já consolidada. Após o início do relacionamento, baseado na falsa promessa de uma relação conjugal duradoura e mostrando-se sempre apaixonado, Sérgio estabelecia uma base sólida de confiança entre a vítima, sempre apresentando outros nomes, e era iniciado o ataque ao patrimônio”, explicou o delegado.

O ataque ao patrimônio ocorria de diversas formas, algumas vezes com a obtenção de empréstimos junto à própria vítima, os quais nunca eram pagos, compras com cartão de crédito, através da obtenção de dados e senhas da vítima, e empréstimos em bancos com a utilização dos dados da companheira enganada. “Toda a ação criminosa era realizada com o consentimento das vítimas, as quais, pressionadas emocionalmente, acreditavam na honestidade do parceiro e que tudo seria revertido futuramente em favor do casal”, ressaltou Eduardo.

O delegado ressaltou, ainda, que o suspeito já pratica os golpes há aproximadamente 15 anos, tendo inclusive sido preso, na década de 1970, pelo mesmo tipo de crime. “Ele nunca chegou a ter uma profissão e levava uma vida de ostentação com o dinheiro das ações criminosas, sem nunca ter formado patrimônio”, apontou.

As vítimas experimentavam prejuízos altíssimos, como foi o caso de uma senhora que chegou a perder R$ 110 mil. Segundo estimativas da polícia, o prejuízo total pode passar de R$ 500 mil.

Ao todo, foram identificadas oito vítimas em Belo Horizonte e região metropolitana, todas relacionadas ao mesmo crime de estelionato. A Polícia Civil acredita que possam existir mais vítimas.

O chefe do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, delegado Márcio Lobato, alerta para o início de relacionamentos em situações em que não se conhece muito bem o parceiro. “Hoje em dia é possível ter acesso a informações, através da internet, por exemplo, que podem ser importantes para se verificar se a pessoa com quem se inicia uma relação é realmente quem diz ser”.

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