Valdirene Silva Costa, de 45 anos, foi presa preventivamente pela Polícia Civil nessa sexta-feira (19), no bairro Vila Clóris, região Norte de Belo Horizonte. Ela é suspeita de cometer estelionato contra um casal de idosos, um homem de 70 e uma mulher de 65 anos, moradores da região Centro-Sul.
As investigações tiveram início há cerca de sete meses, quando as vítimas procuraram a polícia para informar o ocorrido. A suspeita entrou em contato com o casal dizendo que eles haviam recebido um prêmio de seguro no valor de R$ 21 mil. Para receber a quantia, as vítimas teriam que pagar débitos da apólice de seguro, que estavam pendentes, de R$ 3.500. As vítimas pagaram a quantia e não receberam o prêmio. Depois disso, não conseguiram mais contato com a suspeita, então procuraram informações no site do banco e em demais sites de pesquisas, e constataram que a suspeita já era procurada por aplicar golpes em vários locais, inclusive em outro estado. As vítimas conseguiram, a tempo, sustar o cheque emitido.
De acordo com o que foi apurado nas investigações, a suspeita obtinha as vítimas através de listagens repassadas para corretores lícitos em cooperativas de seguros de vida e seguros pessoais, mas que também eram acessadas por estelionatários. Em depoimento à polícia, Valdirene apresentou descaso com as práticas delituosas.
“O estelionato praticado contra idosos, devido à fragilidade da vítima, acarreta dobro da pena, que é de um a cinco anos. Idosos são pessoas vulneráveis, alvos de estelionatários. Para evitar esse tipo de golpe, é importante que as pessoas procurem a corretora in loco; suspeitem de pagamentos antes do recebimento do prêmio; identifiquem o corretor; e procurem o delegado de sua área em caso de suspeita de crime”, aponta o delegado Samuel Neri, responsável pelas investigações.
É necessário que as pessoas fiquem atentas a esse tipo de golpe, onde é preciso pagar para receber o prêmio. “Esse tipo de contraprestação, paga antes de se receber o prêmio, já é um sinal de que algo está errado. O golpe é quase sempre o mesmo, com pequenas variações”, acrescenta o delegado Frederico Abelha, responsável pela 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil Sul.
Valdirene foi presa em casa. No local, a polícia apreendeu o veículo que ela utilizava para ir à casa de suas vítimas, um Fiat Palio branco, que foi encaminhado ao pátio do Detran-MG.
Valdirene possuía passagens desde 1996, pelos crimes de desacato, estelionato consumado (por quatro vezes), estelionato tentado e dano. Ela possui passagens pela polícia em Belo Horizonte; Tombos, na Zona da Mata; Extrema e Poços de Caldas, no Sul de Minas; e em São Paulo. A polícia tem conhecimento de pelo menos outros quatro nomes, além do seu de registro, utilizados pela autora para cometimento dos crimes: Aline da Fonseca, Beatriz Figueiredo Monteiro, Valdirene Alves da Silva e Valdirene Alves dos Santos. As investigações continuam, com o objetivo de identificar outras possíveis vítimas.