Entre os 20 e os 30 anos de idade, 10% dos homens serão atingidos pela calvície, sendo que de cada dez homens com menos de 70 anos, oito apresentarão predisposição hereditária para o problema. É o que revelam dados da Sociedade Brasileira para Estudo do Cabelo (SBEC). No Brasil, 42 milhões de pessoas sofrem com o mau. E os dados não param por aí: a OMS (Organização Mundial de Saúde) admite que metade da população masculina do planeta terá algum grau da disfunção até os 50 anos. A culpa, segundo a médica tricologista, especialista em cabelos, Dra. Cristiane Câmara Alves, é da testosterona, hormônio sexual masculino, a maior responsável pela queda do cabelo. ”As mulheres também a produzem, mas em quantidade muito menor”.
O tipo mais comum de calvície é a chamada alopécia androgênica. ”De origem genética e hormonal, ela ocorre de forma gradual e pode atingir diferentes estágios, provocando desde pequenas entradas na parte frontal dos cabelos até a redução quase total dos fios. A questão da hereditariedade também conta. Se o pai, avô ou tios (paternos ou maternos) de uma pessoa tiverem problemas de queda de cabelo, as chances de ela desenvolver o mesmo quadro são de 25% ainda na juventude e de 50% a partir dos 40 anos”, explica a especialista.
A boa notícia é que já existe tratamento bastante eficaz, rápido e menos invasivo para tratar a calvície. A técnica FUE, que quer dizer Extração de Unidades Foliculares, é a mais nova técnica de transplante capilar. De acordo com a Dra. Cristiane, com a técnica FUE, em menos de sete dias percebe-se a cicatrização total da área transplantada. ”Dispensando a necessidade de cortes, o pós-operatório é bem mais tranquilo e quase indolor. E o melhor é que podem fazer o transplante homens, mulheres e até crianças”. Ausência de dor, pressão e dormência na cabeça durante o pós-operatório, menor tempo de cicatrização da área doadora e retorno mais rápido para as atividades do dia a dia são algumas das vantagens do transplante capilar, além da aparência extremamente natural do transplante.
Como funciona a FUE:
As unidades foliculares são retiradas uma a uma da região doadora (na parte posterior do couro cabeludo) do próprio paciente para ser enxertado, fio a fio, nas áreas afetadas.
Durante a cirurgia, uma pequena incisão é feita na pele em torno de uma unidade folicular, que é extraída do couro cabeludo e conservada sob refrigeração até sua implantação, mantendo suas propriedades. O corte de 1mm cicatriza completamente de 7 a 10 dias, sem deixar marcas.
Esse processo é repetido até que o cirurgião tenha colhido as unidades foliculares suficientes para a restauração. Após a cirurgia, os fios crescerão e cairão novamente, porém, com a raiz implantada, eles crescerão novamente até ganhar força para se consolidar por definitivo no couro cabeludo. O resultado final desse procedimento pode demorar de 1 a 2 anos para ser finalizado.
Fonte: Cristiane Câmara Alves (CRM 50504) é médica graduada pela Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS). Concluiu também o curso de Transplante Capilar no Instituto Bauman Medical Group, P.A, nos Estados Unidos. Atualmente, Dra. Cristiane atende seus pacientes na Clínica Pampulha (CRM 0009113 – MG), onde exerce ainda o cargo de diretora clínica, ao lado do responsável técnico pela instituição, Dr. Júlio César Alves (CRM 13337 | RQE 40860).
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