A maioria dos diabéticos entende que só tomar injeções diárias, remédios e seguir as dietas para controlar a doença, já não são mais suficientes. Isso porque, sérios problemas emocionais decorrentes do diabetes, muitas vezes são colocados de lado pelos médicos e até pelos próprios familiares. O que fazer então? Ir ao desespero? Ser vencido pela depressão? Fingir que a doença é algo corriqueiro?
Em seu livro, “Diabética Tipo Ruim: o lado emocional que precisa ser falado”, Marina Barros, de 32 anos, dá a sua receita para a convivência com o diabetes. Um dos objetivos da obra é falar abertamente sobre os aspectos emocionais da doença. “Meu objetivo maior é mostrar para as pessoas que ter diabetes vai além do tratamento, dieta e exercícios físicos. É uma doença difícil, lutamos todos os dias para nos mantermos vivos, saudáveis e ativos”, explica Marina de Barros, diagnosticada diabética do tipo 1 aos 16 anos. “Sabemos que o diabetes descontrolado também mata, e não mata só idoso, tem muito jovem de 20 e poucos anos morrendo por aí e ninguém dá bola para isso”, alerta.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), diabetes é “uma questão central para a saúde pública global” e mata 72 mil brasileiros por ano no Brasil. A doença apresenta algumas variações classificadas com diferentes nomes e corresponde a maior causa de amputações não traumáticas e de cegueira no mundo. Segundo a OMS e sociedades médicas, o Brasil tem cerca de 16 milhões de pessoas portadoras dos vários tipos de diabetes, mas quase todas as comunicações e ações globais são voltadas para os diabéticos tipo 2, deixando os outros tipos de diabetes em um buraco negro e sem informações adequadas.
“O mundo precisa entender que a maior porcentagem dos diabéticos é do tipo 2, mas que existem outros quatro tipos e que, infelizmente, quase nunca são abordados pela mídia em geral ou quando são, muitas vezes, ocorrem de forma incompleta”, enfatiza.
Atualmente, a blogueira coordena uma série de ações através do Facebook (facebook.com/diabeticatiporuim) e do seu blog (www.diabeticatiporuim.com.br). Sua missão é disseminar informação adequada em prol da saúde dos portadores da doença e fomentar orientação aos seus familiares. “Quando uma família recebe o diagnóstico de diabetes em uma criança de cinco anos o mundo deles desaba. E isso acontece, principalmente, por falta de informação. Meu maior sonho é ver o diabetes sendo explicado em campanhas nacionais nas maiores redes de televisão, como é feito com o câncer de mama, por exemplo”, vislumbra.
“Nas minhas crônicas eu coloco para fora todas as experiências vividas no meu dia a dia, ao longo dos 16 anos com a doença. Falo sobre o medo do futuro, o preconceito que a gente vive diariamente, falo sobre a importância de se cuidar e também sobre a importância de saber viver sem ficar bitolado no tratamento. Quero que as pessoas não portadoras do diabetes entendam que ‘o buraco é mais embaixo’ e fazer com que os portadores não se sintam sozinhos nessa luta”, comenta.
“Descrevo para os pais os piores sintomas de uma hiper, e para um chefe, a necessidade real de faltar ao trabalho por conta das dores depois de hipo severa. Essas são coisas nunca comentadas e que fazem parte da nossa vida diária. Diabetes é muito sério e hoje em dia, infelizmente, ainda é tratado como uma simples gripe”, desabafa.
A obra terá lançamento e noite de autógrafos no dia 20 de maio, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, a partir das 19 horas. O endereço é Avenida Paulista, 2073, Bela Vista, São Paulo. É possível comprar o livro pela Internet, no site: www.diabeticatiporuim.com.br.
Serviço
O que: Lançamento do livro “Diabética Tipo Ruim: o lado emocional que precisa ser falado”, editora Book Express, de autoria da blogueira Marina de Barros Collaço.
Data: Sexta-feira, 20 de maio de 2016.
Horário: das 19h às 21h45
Local: Livraria Cultura do Conjunto Nacional – Piso Teatro
Endereço: Conjunto Nacional – Avenida Paulista, 2073 – Bela Vista, São Paulo.
Sobre Marina Barros
Marina de Barros Collaço sempre foi apaixonada pelas palavras. Descobriu o diabetes tipo 1 aos 16 anos de idade e desde então, sempre que pode, fala muito sobre a sua doença abertamente. Usuária de bomba de insulina e adepta a todo tipo de tecnologia ela é super antenada em todas as novidades do mercado. É formada em Publicidade, mas descobriu seu verdadeiro amor na fotografia.
Autora do blog “Diabética Tipo Ruim”, ela divide seu tempo entre criar novos textos e viver por aí tornando suas experiências em narrativas de sucesso na internet.