A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou nesta quinta-feira o Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) referente ao mês de março. O levantamento mostra que 2,8% dos imóveis pesquisados na capital contam com a presença do mosquito transmissor da dengue. A pesquisa foi realizada em 49.373 imóveis da capital e revelou que cerca de 80% dos focos do mosquito estão dentro dos domicílios.
Belo Horizonte é uma das 18 capitais brasileiras que estão em alerta para casos de dengue e febre chikungunya. Outras 19 cidades mineiras se encontram em situação de risco. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira pelo Ministério da Saúde. Ao todo, 340 cidades brasileiras estão em risco de epidemia para a doença e outras 877 se encontram em alerta para ambas as doenças.
Na semana passada, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou a primeira morte por dengue no estado em 2015. A vítima é um homem de 64 anos, morador da cidade de Iguatama, no Centro-Oeste do estado. Até, o momento foram confirmados 2.862 casos da doença em 2015. A maior parte dos casos foi registrada em janeiro (1.820).
Conforme a tabela divulgada pelo Ministério da Saúde, Minas Gerais tem 19 cidades com Índice de Infestação Predial (IIP) – relação do número de imóveis positivos para o mosquito pelo número de imóveis pesquisado – acima de 4,0, o que configura risco para dengue e chikungunya. Veja a lista: Bom Despacho (6,1), Dores do Indaiá (6,8), Formiga (6,7), Francisco Sá (5,6), Governador Valadares (6,6), Ituiutaba (10,7), Juiz de Fora (4,2), Mantena (4,9), Matozinhos (4,3), Oliveira (4,3), Pará de Minas (9,3), Paracatu (5,9), Piumhi (4,5), Ponte Nova (5,4), São João Del-Rey (4,1), São Sebastião do Paraíso (6,9), Ubá (4,3), Unaí (6,8) e Vespasiano (4,2).
Os números mostram que uma capital se encontra em situação de risco, Cuiabá (MT), enquanto 18 estão em situação de alerta. Além de Belo Horizonte, estão na lista Aracajú (SE), Belém (PA), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).
Conforme o levantamento, a Região Nordeste concentra a maioria dos municípios com índice de risco de epidemia (171), seguida pelo Sudeste (54), Sul (52), Norte (46) e Centro-Oeste (17).
Na Região Nordeste, o armazenamento inadequado de água responde pela maioria dos criadouros do mosquito Aedes aegypti (76,5%). No Norte, o principal problema é o lixo (48,2%). No Sudeste, os depósitos domiciliares respondem pela maior parte dos criadoruros (52,6%). No Centro-Oeste e no Sul, o principal foco do mosquito é o lixo (51,6% e 52,7%, respectivamente).
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o LIRAa constitui uma ferramenta importante para direcionar ações de prevenção e combate à dengue e ao chikungunya. “É um dispositivo que orienta a ação não apenas de autoridades sanitárias, mas da própria comunidade em cada cidade, em cada região. Ele representa a capacidade de mapear a situação em diferentes cidades, com graduação de riscos diferentes”. (Com Agência Brasil)
Belo Horizonte
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte informou que o LIRAa apresentou índice de 1.1% da IIP, o menor registrado no levantamento de janeiro desde que ele começou a ser realizado. “Apesar da baixa infestação, a SMSA alerta sobre os riscos de transmissão da Dengue e da Febre Chikungunya. Houve aumento no percentual de focos do mosquito dentro dos domicílios – de 80% apresentado no LIRAa de janeiro/14, para 84% para o índice de janeiro/15. O levantamento, realizado em 47.078 imóveis da capital”, esclarece a nota. Ainda de acordo com a Secretaria, várias ações de prevenção e controle da dengue, como mutirões de limpeza vêm sendo realizados na capital.