O Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de março, divulgado nesta sexta-feira pela Prefeitura de Belo Horizonte, mostrou que o índice de infestação de larvas do mosquito está quase três vezes acima do considerado pelo Ministério da Saúde como o máximo para um baixo risco para a ocorrência de epidemia.
A pesquisa, realizada em 49.373 imóveis da capital, revelou que 2,8% dos imóveis pesquisados contam com a presença do mosquito transmissor da dengue. A padronização do Ministério da Saúde aponta que o índice, para ser considerado de baixo risco, tem que ser até 1%. O resultado também identificou que cerca de 80% dos focos do mosquito estão dentro dos domicílios.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o objetivo do LIRAa é identificar as áreas da cidade com maior ocorrência de focos do mosquito e os criadouros predominantes. As informações possibilitam intensificar ações nos locais com maior presença do mosquito transmissor da dengue e chikungunya.
As ações de mobilização de combate e prevenção à doença acontecem durante todo o ano, em locais de grande circulação de público, corredores de acesso ao centro e grandes corredores centrais, como o Mercado Central, Restaurante Popular, estações de metrô e Praça Sete, entre outros.
Além de projetos de atuações técnicas e lúdicas como o “Meu bairro em foco” e “Quinta Itinerante”, o grupo de mobilização desenvolve a capacitação de profissionais das Academias da Cidade e também do setor privado, para que possam atuar como multiplicadores e representantes no combate à dengue.
Em 2015, já foram confirmados 581 casos de dengue na capital. A regional com o maior número de casos é o Barreiro, com 139 confirmações, seguida pelas regionais Noroeste (115) e Norte (82). Até o momento, também neste ano, o município não registrou nenhum caso confirmado de Chikungunya.