O velório e o sepultamento de Mirelly Cristina da Silva, de 21 anos, morta a facadas pelo ex-namorado em Itaúna (MG), acontecem nesta sexta-feira (12). A cerimônia de despedida está marcada para as 8h, no Velório Central da cidade, e o enterro será às 13h45, no Cemitério Parque Jardim.

O suspeito do crime, Vítor Caetano Figueiredo, de 22 anos, foi preso na manhã de quinta-feira (11), ao desembarcar na Rodoviária de Belo Horizonte. O feminicídio havia ocorrido poucas horas antes. Em depoimento, ele confessou o assassinato e afirmou ter agido “em um momento de raiva”. Imagens de câmeras de segurança registraram toda a ação: o jovem surpreende Mirelly quando ela sai para trabalhar e a esfaqueia repetidamente, por cerca de 20 segundos. Após o ataque, foge levando o celular da vítima.
Ataque brutal
De acordo com o Corpo de Bombeiros, quando a equipe chegou ao local, a jovem já estava sem vida, sentada e encostada no portão da própria casa. Ela apresentava múltiplos ferimentos no peito, pescoço, abdômen, braços e pernas. O Samu confirmou o óbito.
Fuga e prisão
Outra câmera de segurança registrou Vítor deixando o local e caminhando até o ponto onde embarcou em um ônibus com destino a Belo Horizonte. A identificação do deslocamento foi possível graças ao trabalho conjunto dos serviços de inteligência da 9ª Companhia Independente e da 7ª Região da Polícia Militar. Com a informação de que o suspeito seguia para a capital, equipes da PM montaram um cerco em acessos estratégicos.
Com apoio do Grupo Especializado em Recobrimento (GER), os policiais localizaram Vítor por volta das 11h, na rodoviária, onde foi detido e encaminhado à delegacia de Itaúna.
Relação e motivação
Em depoimento, o suspeito afirmou que manteve um relacionamento de cerca de três anos com Mirelly, período em que chegaram a morar juntos em Belo Horizonte. Eles romperam em março deste ano, mas ainda mantinham contato. Segundo o delegado João Marcos Amaral, a investigação aponta que o crime foi premeditado: Vítor comprou a faca usada no ataque no domingo (8). A decisão teria sido motivada pelo fato de ele ter descoberto que a vítima estaria em um novo relacionamento.
O delegado acrescentou que as circunstâncias do feminicídio ainda estão sendo detalhadas, mas que o término do namoro aparece como provável fator desencadeante. Vítor também alegou que pretendia se entregar e que viajou a Belo Horizonte para sacar dinheiro e repassá-lo à mãe. Ele não tinha antecedentes criminais e trabalhava como gerente comercial de uma rede de fast food. Mirelly atuava em uma farmácia de Itaúna.
Violência contra a mulher
Entre janeiro e outubro deste ano, Itaúna registrou 690 ocorrências de violência contra mulheres, número superior aos 627 casos contabilizados no mesmo período de 2024, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública.
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