A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (10), a Operação Raiz do Problema, que apura um esquema de desvio de recursos públicos na Caixa Escolar de uma escola estadual de São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central de Minas Gerais. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados aos investigados e a empresas que teriam sido usadas no esquema.
A suspeita é de peculato e outras irregularidades envolvendo verbas federais e estaduais destinadas à manutenção da escola, incluindo recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Auditoria descobriu cheques sem fundos e saques suspeitos
A investigação começou após denúncias de cheques sem fundos usados na compra de notebooks. Uma auditoria da Superintendência Regional de Ensino (SRE) revelou que valores expressivos foram retirados das contas da Caixa Escolar sem qualquer comprovação.
Parte do dinheiro foi transferida diretamente para contas pessoais, e empresas receberam quantias elevadas sem apresentar notas fiscais legítimas ou comprovação de serviços prestados.
Merenda escolar foi prejudicada
O desvio de verbas teve impacto imediato na rotina da unidade. O fornecimento de merenda aos estudantes chegou a ser comprometido, e a prefeitura precisou auxiliar com doação de alimentos para evitar desabastecimento.
Com as contas de 2023 reprovadas, a escola corre agora o risco de perder novos repasses do FNDE, o que pode afetar serviços essenciais em 2024.
Transferência para namorada e notas fiscais falsas
Em apenas uma das contas voltadas para alimentação escolar, foram identificados R$ 152 mil em despesas sem justificativa, incluindo R$ 107.500 transferidos à namorada do investigado.
Notas fiscais usadas para justificar gastos com a suposta manutenção de computadores — no total de R$ 5 mil — foram consideradas fraudulentas após laudo comprovar que os equipamentos eram, na verdade, sucatas inservíveis.
Empresas fantasmas e retirada de saldos
A PF também apurou que os endereços das empresas beneficiadas estavam fechados ou sem indícios de funcionamento real. Após perceber que estava sendo investigado, o principal suspeito teria bloqueado o acesso ao sistema financeiro da Caixa Escolar e sacado os valores restantes.
Segundo a PF, os desvios somam mais de R$ 1,2 milhão entre recursos federais e estaduais.
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