Operação Vulcano mira esquema de tráfico ilegal de armas em BH e região metropolitana

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou, na manhã desta terça-feira (16), a Operação Vulcano, com foco no combate ao comércio ilegal de armas e munições em Belo Horizonte e na Região Metropolitana. A ação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com a Polícia Militar e com apoio do Exército Brasileiro.

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Ao todo, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 23 mandados de busca e apreensão em residências, lojas ligadas à venda e manutenção de armamentos e em um clube de tiro. As diligências ocorreram em Belo Horizonte, Contagem, Betim e Esmeraldas. Durante a operação, os agentes apreenderam armas de fogo, grande quantidade de munições e dinheiro.

As investigações tiveram início no primeiro semestre de 2025 e apontaram a existência de uma organização criminosa estruturada para abastecer grupos envolvidos com o tráfico de drogas e crimes violentos. Segundo o MPMG, um dos principais investigados, registrado como Caçador, Atirador e Colecionador (CAC), desviava munições do mercado legal para o crime organizado.

Entre os materiais identificados estão milhares de cartuchos de alto poder de fogo, incluindo calibres usados em fuzis, como 5.56 e 7.62, além de munições calibre 9 milímetros, de uso restrito. A apuração também revelou que parte dos suspeitos atuava na receptação de armas apreendidas por forças de segurança, que eram desviadas ilegalmente dos depósitos oficiais.

A Operação Vulcano mobilizou 126 policiais militares, nove militares do setor de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército Brasileiro e integrantes do Gaeco. As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e dimensionar o alcance do esquema criminoso.