MP pede que Justiça mantenha preso empresário suspeito de matar gari em BH

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) se posicionou contra a concessão de habeas corpus ao empresário de 47 anos acusado de matar a tiros o gari Laudemir de Souza Fernandes, em Belo Horizonte. O crime aconteceu em 11 de agosto, no bairro Vista Alegre, na Região Oeste da capital.

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De acordo com a acusação, Laudemir foi atingido por um disparo no abdômen e morreu no local. O homicídio teria sido motivado por uma discussão banal no trânsito, provocada por uma breve interrupção da via durante a coleta de lixo. Conforme apurado, momentos antes do disparo fatal, o suspeito já havia ameaçado atirar contra a motorista do caminhão da limpeza urbana.

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O empresário foi preso em flagrante no dia do crime. Durante a audiência de custódia, a Justiça converteu a prisão em preventiva, que segue mantida. A defesa entrou posteriormente com pedido de habeas corpus, sustentando supostas irregularidades cometidas pela Polícia Militar durante a apuração dos fatos.

Ao analisar o pedido, a Procuradoria de Justiça de Habeas Corpus opinou pela manutenção da prisão. Para o MPMG, não houve demonstração concreta de prejuízo à defesa que justificasse a anulação dos atos policiais.

“A simples alegação de nulidade não é suficiente para caracterizá-la, sendo necessária a comprovação de dano efetivo ao direito do acusado, o que não se verificou no caso”, afirmou a procuradora de Justiça Magali Albanesi Amaral.

O empresário foi denunciado pelo MPMG no dia 20 de agosto pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo, ameaça e fraude processual. A denúncia foi recebida pela Justiça em 15 de setembro, e o processo segue em tramitação.