Com déficit de R$ 700 milhões, Câmara aprova orçamento de BH para 2026

A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou, em turno único, a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, que prevê um déficit financeiro de aproximadamente R$ 700 milhões. O projeto, enviado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), recebeu 38 votos favoráveis, com unanimidade entre os presentes. Algumas emendas apresentadas por vereadores, porém, geraram divergências pontuais.

A votação ocorreu de forma mais tranquila em comparação à do ano passado, quando a Casa enfrentou uma intensa disputa por emendas. A LOA define como o município irá arrecadar e aplicar recursos no próximo ano.

Receitas e despesas

Para 2026, a PBH estima R$ 24,13 bilhões em receitas, enquanto as despesas projetadas chegam a R$ 24,9 bilhões. Desse total:

• 31,61% serão destinados à saúde;
• 17,18% à educação;
• 6,96% ao transporte.

Com isso, o município deve gastar cerca de R$ 700 milhões a mais do que arrecada. O líder de governo na Câmara, vereador Bruno Miranda (PDT), afirmou que o Executivo espera compensar o déficit com recursos provenientes do saldo orçamentário previsto para 2025.

PPAG também é aprovado

O Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2026-2029, que orienta o planejamento e os investimentos estratégicos da cidade para os próximos quatro anos, também foi aprovado em turno único e por unanimidade.

O PPAG projeta receitas de:

• R$ 24,14 bilhões em 2026;
• R$ 25,13 bilhões em 2027;
• R$ 26,83 bilhões em 2028;
• R$ 28,35 bilhões em 2029.

As despesas estimadas são:

• R$ 24,924 bilhões em 2026;
• R$ 25,503 bilhões em 2027;
• R$ 26,934 bilhões em 2028;
• R$ 28,350 bilhões em 2029.

A maior parte dos recursos será destinada a:

• Saúde (30,16%);
• Eixo administrativo (21,49%);
• Educação (16,98%).

Com a aprovação das duas peças orçamentárias, seguem para sanção do prefeito e formarão a base da gestão financeira e estratégica de Belo Horizonte nos próximos anos.