Acusado de matar sargento Roger Dias em BH vai a júri popular

A Justiça de Minas Gerais decidiu, nesta quinta-feira (11), que Welbert de Souza Fagundes será levado a júri popular pela morte do policial militar Roger Dias da Cunha. O sargento, de 29 anos, foi assassinado em janeiro de 2024, durante uma ocorrência de serviço.

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De acordo com o processo e depoimentos colhidos pela investigação, o militar havia determinado que Welbert se deitasse no chão. No entanto, o suspeito sacou uma arma que escondia no bolso e atirou duas vezes contra a cabeça do policial. O acusado confessou o crime, mas alegou ter reagido a supostas ameaças. A análise de imagens e áudios, contudo, confirmou que o sargento apenas emitia comandos legais.

A decisão, assinada pelo juiz Roberto Oliveira Araújo Silva, também determina que Welbert seja julgado por tentativa de homicídio contra outro militar e por porte ilegal de arma de fogo. Ele seguirá preso até o julgamento.

O crime

Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), policiais faziam patrulhamento no bairro Minaslândia, na Região Norte de Belo Horizonte, quando receberam a informação de que autores de um roubo de veículo circulavam armados pela Avenida Risoleta Neves.

Durante a perseguição, o motorista Geovanni Faria de Carvalho atropelou um motociclista e colidiu com um poste ao tentar fugir. Ele e Welbert abandonaram o carro e correram. Na sequência, o sargento Roger Dias tentou deter Welbert, que o surpreendeu com disparos. O militar chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.

Welbert ainda tentou atirar contra outro policial, mas foi baleado e preso. Geovanni, por sua vez, subiu em uma laje para se esconder. Conforme o MPMG, ele tentou atirar contra quatro policiais, errou os disparos e acabou baleado antes de ser detido.