A delegada Ana Paula Lamego Balbino, esposa de Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, ainda não esteve no presídio para visitá-lo. O réu comentou sobre o afastamento da mulher durante entrevista concedida a Roberto Cabrini, da Record TV.

Ana Paula está afastada de suas funções na Polícia Civil desde agosto e foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo, por supostamente ter cedido ou emprestado o armamento utilizado no dia do crime, além de prevaricação.
Na entrevista, Renê disse desconhecer o atual estado da relação dos dois:
“Eu nem sei se ainda estou casado, porque, de uma forma ou de outra, eu acabei com minha carreira e com a dela. E com uma vida, que é o mais importante.”
Questionado sobre o que diria à esposa, ele respondeu que continua a amá-la e que aceitará qualquer decisão dela daqui para frente:
“Se ela aceitar o meu erro, se ela quiser continuar comigo, nós vamos ter nossa família.”
O acusado afirmou entender o distanciamento de Ana Paula, já que ela também enfrenta um processo interno na corporação.
As contradições do réu
Renê é réu pelo homicídio de Laudemir, assassinado com um tiro enquanto trabalhava na limpeza urbana no bairro Vista Alegre, Região Oeste de Belo Horizonte, um caso que causou forte repercussão nacional.
Atualmente preso no Presídio de Caeté, ele recebeu a equipe da Record TV algemado e classificou a situação como “uma vergonha”. Durante a conversa, admitiu que estava armado no local do crime, apesar de inicialmente ter negado essa informação durante as investigações.
Ele tentou justificar a mudança de versão alegando orientação jurídica:
“No primeiro dia, meu advogado falou para eu não comentar nada. Eu não disse que não estava armado, apenas que não ia comentar.”
O empresário voltou a negar que tenha atirado no gari, afirmando que o caso teria sido um “acidente” e que Laudemir foi atingido por uma “bala perdida”.
Renê também declarou ter sido pressionado por delegados para confessar o crime, dizendo que a falsa admissão teria sido feita para evitar prejuízos à carreira de sua esposa.
Histórico policial
Além do processo pelo assassinato de Laudemir, Renê já foi citado em outras ocorrências policiais, incluindo uma acusação de violência doméstica contra uma ex-companheira e envolvimento em um acidente de trânsito com morte. Ele nega responsabilidade nesses casos. Há também registros por extorsão e perseguição.
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