Tenente da reserva da PM vira réu por morte de garota de programa em apartamento de BH

O tenente da reserva da Polícia Militar Marcos Antônio Januário, de 60 anos, tornou-se réu pela morte de uma mulher de 42 anos, identificada como garota de programa, ocorrida em 16 de outubro deste ano, em um apartamento no bairro Carlos Prates, Região Noroeste de Belo Horizonte (MG).

Siga o Por Dentro de Minas no Google e receba as últimas notícias de BH e Minas Gerais

Seguir no Google

A denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi aceita pela juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, do Tribunal do Júri da capital, nessa terça-feira (11). O processo tramita em segredo de Justiça, e, por isso, as motivações da magistrada ao receber a denúncia não foram divulgadas.

Segundo o boletim de ocorrência, policiais militares foram acionados após uma denúncia de que uma mulher havia sido baleada dentro de um apartamento na Rua Itambacuri. Ao chegarem ao local, os agentes encontraram o tenente em frente ao prédio. Ele resistiu à abordagem, foi contido e teve uma arma de fogo apreendida.

Com a ajuda de uma moradora, os policiais entraram no edifício e foram até o apartamento onde o crime aconteceu. No local, duas mulheres relataram o que ocorreu e indicaram o quarto onde a vítima estava. A mulher foi encontrada nua, caída entre a parede e um guarda-roupa, já sem vida. O Samu foi acionado e confirmou o óbito.

Testemunhas informaram que a vítima e uma amiga trabalhavam como garotas de programa e haviam alugado o imóvel para atender clientes. O militar teria chegado ao local com a mulher e, pouco tempo depois, as outras ocupantes ouviram um barulho alto, semelhante a um disparo de arma de fogo. Ao entrarem no quarto, encontraram a vítima no chão e acionaram a polícia.

Ainda conforme o registro, o tenente tentou deixar o prédio, mas se confundiu na saída e acabou sendo impedido por moradores até a chegada dos policiais. Imagens das câmeras de segurança do condomínio foram recolhidas e mostram o momento da detenção.

O militar da reserva permanece preso no sistema prisional enquanto responde ao processo.