A servidora Vanessa de Lima Figueiredo, de 44 anos, acusada de desviar mais de 200 armas da 1ª Delegacia de Polícia Civil do Barreiro, em Belo Horizonte, foi indiciada pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). O inquérito foi concluído nessa terça-feira (25) e encaminhado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), responsável por analisar o caso e decidir se apresentará denúncia à Justiça.

Vanessa foi presa no último dia 9 e permanece custodiada na Penitenciária José Abranches Gonçalves, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de BH.
Possível crime de peculato
Se denunciada e tiver a acusação aceita pelo Judiciário, Vanessa se tornará ré e responderá criminalmente por peculato, crime previsto no artigo 312 do Código Penal, que ocorre quando um servidor público se apropria indevidamente de bens ou valores pertencentes à administração pública.
O Ministério Público deve avaliar as provas reunidas no inquérito antes de decidir se ofereça ou não a denúncia.
Como o caso veio à tona
As investigações começaram após uma arma que deveria estar sob custódia da delegacia ter sido apreendida durante uma operação policial. A partir daí, auditorias internas identificaram o extravio de mais de 200 armas, todas sob responsabilidade da unidade da Polícia Civil no Barreiro.
Segundo o delegado-geral da PCMG, Rômulo Guimarães Dias, os armamentos desaparecidos são de “baixo calibre” ou considerados obsoletos, sem uso atual nas atividades operacionais da corporação.
A Polícia Civil informou que, até o momento, não há indícios de envolvimento de facções ou organizações criminosas no desvio. A defesa da servidora também afirma que os fatos não têm relação com grupos criminosos.
Defesa contesta prisão
O advogado de Vanessa considera a prisão desproporcional e sustenta que a investigação não apresentou elementos suficientes para justificar a medida cautelar.
“A defesa vai pleitear a liberdade provisória da Vanessa, porque entende não haver qualquer indício concreto no inquérito policial, completamente premeditado, que possa ensejar de fato essa prisão preventiva”, afirmou o advogado Lucas Furtado.
Ele também destacou que nenhum item ilícito foi encontrado durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
Quem é a servidora indiciada
Vanessa de Lima Figueiredo é natural de Belo Horizonte e servidora efetiva do Estado. Ela foi aprovada em concurso público da Polícia Civil em 2013 e nomeada como analista da instituição em julho de 2014.
Segundo registros do Diário Oficial de Minas Gerais, atuou em delegacias de Divinópolis, na região Centro-Oeste, além de ter trabalhado no Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG). Em 2020, foi transferida para a Delegacia do Barreiro, onde o desvio das armas teria ocorrido.
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