A médica neurologista Cláudia Soares Alves, presa por sequestrar um recém-nascido dentro do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no Triângulo Mineiro, passou a ser investigada também por homicídio. Segundo a Polícia Civil, ela é suspeita de ter participado do assassinato de uma farmacêutica em 2020, na mesma cidade.

De acordo com o delegado Eduardo Leal, da Polícia Civil de Itumbiara (GO), município onde a médica foi localizada e detida após o sequestro, o crime ocorreu de forma covarde, no momento em que a vítima chegava para trabalhar em uma farmácia. A mulher foi surpreendida por um homem armado, que entregou uma carta e, em seguida, efetuou vários disparos. Ela morreu no local.
As investigações indicam que o homicídio teve motivação passional. Cláudia mantinha um relacionamento com o ex-marido da farmacêutica e chegou a se casar com ele após a separação do casal. O casamento, no entanto, durou apenas dois meses. O ex-companheiro relatou à polícia que encerrou o relacionamento ao perceber sinais de instabilidade emocional e comportamento possessivo por parte da médica, além da insistência dela em assumir a maternidade da filha que ele tinha com a vítima.
Com medo de que algo acontecesse à menina, a farmacêutica proibiu o ex-marido de ver a filha na companhia de Cláudia. Para os investigadores, essa teria sido a motivação do crime, planejado pela médica após o fim do casamento.
A Polícia Civil de Minas Gerais e a de Goiás cumpriram, nesta quarta-feira (5), mandados de prisão contra três pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato: Cláudia e dois vizinhos dela, pai e filho, apontados como responsáveis por auxiliar na execução. A moto utilizada no crime tinha placa adulterada e, segundo a polícia, já havia sido usada pelos dois homens.
O delegado Carlos Fernandes, que também conduz as investigações sobre o sequestro do bebê, deve assumir o caso do homicídio em Uberlândia. Segundo ele, a casa da médica estava completamente preparada para receber a criança, o que reforça a suspeita de que o rapto foi planejado.
“Foram encontrados enxoval, fraldas, leite e carrinho de bebê. Tudo indica premeditação”, afirmou.
Os três presos foram encaminhados ao Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, onde permanecem à disposição da Justiça. A defesa de Cláudia pede a realização de uma perícia psiquiátrica, alegando que ela sofre de transtorno bipolar e teve um surto psicótico no momento do sequestro.
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