Homem é preso em BH por agredir e divulgar vídeos íntimos de ex-namorada adolescente

Um homem de 24 anos foi preso preventivamente em Belo Horizonte, acusado de agredir e divulgar vídeos íntimos da ex-namorada, uma adolescente de 17 anos. A prisão foi feita pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta terça-feira (11), no bairro Serra, região Centro-Sul da capital. O suspeito, que já possui ficha criminal e ligação com facções locais, teve o celular apreendido durante a operação, que contou com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

De acordo com as investigações, o homem não aceitava o fim do relacionamento e praticou dois episódios de violência contra a jovem. O caso chegou à polícia após a denúncia de uma testemunha que presenciou as agressões.

A delegada Marina Prado, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), explicou que o primeiro ataque ocorreu com a ajuda de outros dois homens.

“Eles se aproveitaram da superioridade numérica para agredir a vítima”, afirmou.

Em outra ocasião, o suspeito atraiu a adolescente até a casa onde os dois moravam com o pretexto de uma conversa. No local, tentou atacá-la com uma tesoura.

Além das agressões físicas, o homem é acusado de criar um perfil falso nas redes sociais, onde publicou imagens íntimas da adolescente, fingindo ser ela. Segundo a delegada, ele também enviou mensagens ameaçadoras.

“Ele dizia que só iria sossegar quando ela ficasse careca. O uso da tesoura e essa intenção de cortar o cabelo da vítima têm um forte simbolismo de violência e controle”, destacou Marina Prado.

Durante o cumprimento do mandado, o suspeito confessou ter divulgado os vídeos, mas negou as agressões.

“Ele afirmou que estava descontrolado e mostrou onde o conteúdo estava armazenado no celular. Não há dúvidas quanto à materialidade do crime”, concluiu a delegada.

O homem segue preso e responderá pelos crimes de violência doméstica, divulgação de conteúdo íntimo sem consentimento e corrupção de menores, entre outros previstos no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).