Falso major do Exército é preso em BH após ameaçar companheira

Um homem de 24 anos foi preso na noite desta quarta-feira (19) no bairro Nova Suíça, na Região Oeste de Belo Horizonte, por fingir ser major da inteligência do Exército e ameaçar a companheira com uma arma — posteriormente identificada como falsa. A prisão ocorreu após denúncia anônima.

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Quando policiais chegaram ao prédio, na Rua Doutor Orestes Diniz, encontraram o suspeito e constataram que, além da arma falsa, ele mantinha em casa fardas militares oficiais e documentos adulterados.

Um ano de mentiras

Segundo a Polícia Militar, o golpe começou há pelo menos um ano, quando o jovem iniciou um relacionamento com a atual companheira. Há cerca de dois meses, ele chegou a organizar um casamento com certidão falsificada, usando farda de major nas fotos da cerimônia.

O suspeito também teria aplicado golpes que somam mais de R$ 50 mil, alegando ter sido aprovado para trabalhar na Interpol e que precisava de dinheiro para um suposto curso obrigatório.

Farsa desmascarada pela família

No momento da abordagem, o homem negou ser major e afirmou ter apenas feito o alistamento obrigatório. A mentira foi rapidamente contradita pelo pai da vítima, de 64 anos, que relatou que o genro afirmava à família ser major e até teria se vangloriado de uma promoção recente.

No Boletim de Ocorrência, consta que o jovem enviava aos familiares documentos falsos do Diário Oficial da União, simulando promoções e lotações em unidades militares. Também dizia ter atuado no Centro de Inteligência do Exército e justificava a suposta perda do posto afirmando que familiares teriam vazado informações confidenciais.

Reincidente em golpes

A PM informou que o suspeito — identificado como André Lefon — já havia sido preso anteriormente pelo mesmo tipo de crime.

Em 2022, ele foi detido em Varginha, no Sul de Minas, por fingir ser médico. Na época, também falsificou documentos e uma publicação do Diário Oficial para simular nomeação oficial.

O suspeito foi preso em flagrante por falsificação de documento público, estelionato, usurpação de função pública e uso indevido de uniforme, distintivo ou insígnia militar.