Caso Soraya Tatiana: Justiça nega exame de insanidade mental a filho acusado de assassinato

A Justiça de Minas Gerais negou o pedido de exame de insanidade mental feito pela defesa de Matteos França Campos, de 32 anos, acusado de matar a própria mãe, a professora Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, em julho deste ano. A decisão foi assinada pela juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte.

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Além da negativa, a magistrada também marcou as audiências de instrução e julgamento para os dias 18 e 19 de novembro, às 13h, no Fórum Lafayette, localizado no bairro Barro Preto, região Centro-Sul da capital.

Em sua decisão, a juíza destacou que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também se manifestou contra o pedido de exame. Segundo ela, não há qualquer indício técnico ou clínico que levante dúvida sobre a sanidade mental do réu.

“Inexiste nos autos qualquer elemento técnico, relatório médico, prontuário clínico ou estudo social que indique dúvida razoável quanto à higidez mental do acusado. A instauração do incidente de insanidade mental exige indícios concretos de que o réu não possuía plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato”, pontuou a magistrada.

Ainda conforme a decisão, o fato de Matteos ter problemas com jogos de apostas não é suficiente para indicar incapacidade mental. A juíza ressaltou que a defesa não apresentou documentos médicos ou laudos que sustentassem a solicitação.

Relembre o crime

O corpo de Soraya Tatiana foi encontrado no dia 20 de julho, em uma área de mata no município de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ela estava parcialmente coberta por um lençol, apresentava sinais de violência e vestia apenas a parte superior das roupas.

A professora estava desaparecida desde o dia 18 de julho, e a Polícia Civil prendeu o filho, Matteos França, no dia 25. Durante o depoimento, ele confessou o crime, afirmando ter matado a mãe por esganadura após uma discussão sobre dívidas relacionadas a apostas esportivas e empréstimos consignados.

Soraya era professora de História no Colégio Santa Marcelina, em Belo Horizonte, onde trabalhava desde 2017. Colegas e alunos a descreviam como uma profissional dedicada, querida e inspiradora.