Polícia Civil apreende 1,6 mil garrafas de cachaça falsificada em BH

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apreendeu ao menos 1,6 mil garrafas de cachaça falsificada em uma fábrica clandestina no Bairro Cardoso, região do Barreiro, em Belo Horizonte. O dono do imóvel foi preso em flagrante durante a operação realizada nesta segunda-feira (6).

De acordo com o delegado Túlio Leno, responsável pelo inquérito, o local — um imóvel de três andares adaptado para a produção ilegal — não atendia a nenhuma norma de vigilância sanitária e apresentava condições precárias de higiene e armazenamento.

“Ele estruturou a casa como uma indústria para fabricação de cachaça. No primeiro andar armazenava a bebida, que era enviada por tubos e bombas até o terceiro, onde ocorria o envase”, explicou o delegado.

Durante a ação, os policiais encontraram rótulos falsificados, maquinários de envase e materiais de armazenamento. Também foram apreendidos dois tipos de bebida: uma clara e outra mais escura, que simulava cachaça envelhecida.

Segundo as investigações, o suspeito usava corante tipo caramelo para alterar a coloração do produto e enganar consumidores.

“O imóvel era completamente inapropriado, sem critério de assepsia. As garrafas estavam abertas e expostas, sem qualquer controle”, detalhou Leno.

Risco à saúde e falta de autorização

As amostras da bebida e dos materiais apreendidos serão periciadas para identificar possíveis substâncias tóxicas, como metanol, dietileno e propilenoglicol, compostos nocivos à saúde humana.

A Polícia Civil constatou que o local não possuía autorização da Prefeitura de Belo Horizonte nem do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para a fabricação ou comercialização da bebida.

Além disso, o suspeito usava rótulos de marcas registradas, o que caracteriza crime de falsificação e adulteração de produto.

Após o flagrante, ele foi encaminhado ao sistema prisional, e as investigações seguem para identificar comércios que possam ter adquirido as bebidas.