A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) realiza uma operação especial para capturar garimpeiros ilegais que exploravam ouro no Rio das Velhas, entre as cidades de Nova Lima e Rio Acima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ação, batizada de Operação Dragon Face, conta com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e das companhias da PM Ambiental das duas cidades.

Na última sexta-feira (11), foi deflagrada a terceira fase da operação, que identificou diversos pontos de extração clandestina às margens e no leito do rio. Durante as ações, os agentes localizaram 10 balsas e dragas em pleno funcionamento, equipadas com bombas de sucção e motores a diesel utilizados para retirar sedimentos do fundo do rio. O ouro era separado manualmente, enquanto os rejeitos, incluindo resíduos sólidos e efluentes sem tratamento, eram despejados de volta nas águas, aumentando a turbidez e provocando poluição.
Ao perceberem a aproximação da polícia, os garimpeiros abandonaram as balsas e fugiram para a mata, não sendo localizados. Todo o maquinário encontrado foi destruído pelas equipes da PM e do Ibama.
A atividade é considerada crime ambiental, conforme os artigos 55 e 60 da Lei 9.605/98, e também crime de usurpação de bem mineral da União, previsto na Lei Federal 8.176/91. Os envolvidos ainda poderão responder por poluição ambiental.
Operação Dragon Face
A ofensiva contra o garimpo ilegal começou em abril deste ano, com a primeira fase da Operação Dragon Face, e teve continuidade em setembro, quando oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por envolvimento na extração irregular de ouro na região de Rio Acima.
Segundo o MPF, os investigados respondem pelos crimes de exploração de recursos minerais sem autorização, usurpação de matéria-prima da União e associação criminosa. Um dos denunciados foi apontado como o líder do esquema, responsável por coordenar as atividades, fornecer alojamento, financiar o combustível das balsas e dividir os lucros entre os garimpeiros. Outro suspeito atuava como auxiliar logístico e “olheiro”.
Na primeira fase da operação, as forças de segurança apreenderam 10,135 gramas de ouro, avaliadas em quase R$ 6 mil. Segundo o MPF, o garimpo era realizado sem licença ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e sem o título minerário da Agência Nacional de Mineração (ANM).
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