Justiça concede liberdade provisória a mulher suspeita de ferir enfermeira com seringa em hospital de BH

A Justiça de Minas Gerais concedeu liberdade provisória a uma mulher de 25 anos suspeita de ferir a mão de uma enfermeira de 52 anos com uma seringa possivelmente contaminada com HIV. O caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (29), no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte. A decisão foi tomada em audiência realizada nesta terça-feira (1º).

Na sentença, a juíza Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto determinou que a suspeita mantenha distância mínima de 500 metros da vítima e não estabeleça nenhum tipo de contato, inclusive por aplicativos de mensagens como WhatsApp e Telegram. Além disso, a mulher deverá comparecer regularmente em juízo para justificar suas atividades, manter o endereço atualizado e comparecer a todos os atos do processo. Ela também está proibida de se ausentar da comarca por mais de 30 dias sem autorização judicial.

O caso

De acordo com o relato da enfermeira, durante a coleta de sangue do filho da mulher, um bebê de três meses, a mãe retirou a seringa do braço da criança e a atacou. Testes confirmaram que tanto o bebê quanto a mãe são portadores do vírus HIV.

A suspeita, no entanto, negou a agressão. Aos policiais, afirmou que apenas retirou a agulha do braço do filho e a jogou no chão, alegando ter agido por impulso porque acreditava que a profissional estaria “girando a agulha” durante o procedimento.

A criança recebeu atendimento médico e foi medicada após o episódio.

A mãe do bebê foi inicialmente presa em flagrante pelo crime de perigo de contágio de moléstia grave, previsto no artigo 131 do Código Penal. O caso continua sob investigação da Polícia Civil.