Incêndio na Mata da Baleia entra no terceiro dia em BH

O incêndio que atinge a Mata da Baleia, na Serra do Curral, na Região Leste de Belo Horizonte, entrou no terceiro dia nesta quinta-feira (2) e continua ativo em duas frentes de mata fechada. O Corpo de Bombeiros coordena as operações com 61 agentes, incluindo militares, Polícia Civil, Exército e brigadistas civis, em um esquema de rodízio que mantém atenção especial à proteção preventiva do Hospital da Baleia.

Durante a madrugada, por volta de 2h20, a intensificação dos ventos levou à mobilização de uma segunda equipe para a execução de uma “linha fria”, técnica que resfria uma faixa de vegetação, criando barreira temporária contra o avanço das chamas. A medida garante segurança à central de oxigênio do hospital.

Segundo o tenente-coronel Heitor, do Comando Especializado de Bombeiros, duas linhas de fogo já foram confinadas e extintas e agora passam por monitoramento.

“Ainda temos uma linha ativa no interior do parque. As ações começaram desde a primeira hora do dia, com apoio aéreo de duas aeronaves”, explicou.

Hospital da Baleia mantém rotina adaptada

Por precaução, quase 50 pacientes oncológicos foram transferidos entre prédios da unidade. O atendimento marcado no prédio Antônio Mourão Guimarães foi remanejado para o prédio Maria Ambrosina, garantindo a continuidade do tratamento sem risco às estruturas. Segundo o hospital, a fumaça é intensa, mas não oferece perigo às edificações.

Fundado em 1944, o Hospital da Baleia é referência em saúde em Minas Gerais, oferecendo 30 especialidades médicas, incluindo oncologia, nefrologia, ortopedia, pediatria e cirurgias complexas, com média anual de 1,2 milhão de atendimentos, atendendo pacientes de 88% dos municípios mineiros, sendo 95% pelo SUS.

Incêndio na Serra do Curral

O fogo começou na tarde de terça-feira (30) e se alastrou rapidamente, gerando colunas de fumaça visíveis de bairros da região Leste e Centro-Sul da capital. Até o momento, não há risco para edificações, segundo o Corpo de Bombeiros. A operação envolve cinco guarnições e três aeronaves, com foco em controlar a propagação e proteger áreas estratégicas do parque, símbolo natural de Belo Horizonte.