Idosos intoxicados após comer ‘falsa couve’ recebem alta em Patrocínio

Dois idosos, de 60 e 64 anos, receberam alta médica nesta terça-feira (21) depois de ficarem 13 dias internados na Santa Casa de Patrocínio, no Alto Paranaíba. Eles haviam sido hospitalizados após ingerirem uma planta tóxica conhecida popularmente como “falsa couve”, identificada como Nicotiana glauca.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os dois já estão em casa, mas o órgão não informou detalhes sobre o estado de saúde deles. Uma parente das vítimas, Claviana Nunes da Silva, de 37 anos, morreu no dia 14 de outubro em decorrência da intoxicação. Um outro familiar, de 67 anos, teve alta no mesmo dia da ingestão da planta.

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A família havia se mudado recentemente para uma chácara e confundiu a Nicotiana glauca com couve-manteiga, comum em hortas caseiras. Por causa da semelhança nas folhas, colheram a planta, refogaram e a serviram no almoço.

Como diferenciar a falsa couve da verdadeira

A professora Amanda Danuello, do Instituto de Química da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), explica que a principal diferença entre as espécies está no formato e na textura das folhas. Segundo ela, a falsa couve possui folhas menores, estreitas e alongadas, com cor verde acinzentada e superfície lisa e cerosa, além de nervuras pouco visíveis. Já a couve comestível tem folhas largas, firmes e grossas, com verde vivo e nervuras bem marcadas.

Outro aspecto que pode ajudar na identificação é o tamanho da planta: a Nicotiana glauca pode alcançar até cinco metros de altura, muito maior que a couve tradicional. As informações constam em estudos publicados na plataforma Science Direct.