A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nessa quinta-feira (30), a Operação Boleto Fantasma, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro.

A ação resultou na prisão preventiva de quatro investigados e no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e Lagoa Santa, na Região Metropolitana.
Como funcionava o golpe
De acordo com as investigações, o grupo aplicava o golpe simulando transações comerciais legítimas:
- Faziam pedidos de mercadorias em nome de grandes empresas;
- Usavam documentos falsificados para dar aparência de legalidade;
- Retiravam os produtos em endereços previamente combinados;
E apresentavam boletos bancários falsos, que nunca eram pagos, gerando prejuízos imediatos às vítimas.
O nome da operação faz referência direta a essa prática fraudulenta — o uso de “boletos fantasmas” para enganar fornecedores.
O esquema foi descoberto pela 3ª Delegacia de Polícia Civil Centro, em Belo Horizonte, após uma prisão em flagrante por estelionato, em março deste ano.
Segundo o delegado Carlos Eduardo Vieira Nunes, o caso inicial envolvia uma vítima que já havia sido enganada duas vezes pelo mesmo criminoso, totalizando R$ 12,8 mil em prejuízo na compra fraudulenta de carrinhos industriais de carga.
“Os autores se passavam por representantes de empresas conhecidas, apresentando notas fiscais e boletos falsos. Quando a vítima tentou confirmar as transações, descobriu que nenhum pedido havia sido feito”, explicou o delegado.
Durante a tentativa de um novo golpe, os policiais chegaram ao local combinado para a entrega da mercadoria e interceptaram a ação criminosa, apreendendo 75 barreiras pantográficas, produtos de fraudes anteriores.
Na operação, foram recolhidos celulares, documentos e outros materiais que podem ajudar no rastreamento do fluxo financeiro do grupo e na identificação de novos envolvidos.
Em uma das residências, os agentes também encontraram latas de tinta e quadros decorativos provenientes de outro golpe. O suspeito responsável foi autuado em flagrante por receptação.
Os quatro presos têm idades entre 34 e 47 anos e foram encaminhados ao sistema prisional, ficando à disposição da Justiça.
As investigações continuam para apurar o envolvimento de outras pessoas e o valor total das fraudes, estimado em R$ 12,8 mil apenas em um dos casos, mas que pode ser muito maior.
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