Gari é brutalmente agredido em parque de BH

Um auxiliar de serviços gerais, de 61 anos, foi gravemente agredido no Parque Professor Amílcar Vianna Martins, no bairro Cruzeiro, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, na última sexta-feira (17). A vítima, que ainda não retornou ao trabalho, sofreu múltiplos ferimentos na cabeça, braços e pernas durante o ataque.

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Segundo relato de uma funcionária que trabalha no parque há nove anos e pediu para não ser identificada, o clima entre os trabalhadores é de medo.

“O que aconteceu com ele pode acontecer com qualquer um aqui dentro”, afirmou. Ela destacou que o ataque foi violento e que a presença dos guardas municipais evitou um desfecho ainda mais grave.

Como aconteceu o ataque

De acordo com o Boletim de Ocorrência, a Guarda Municipal foi acionada ao ouvir um pedido de socorro durante patrulhamento. Ao chegar ao local, os agentes encontraram o trabalhador ferido e sangrando na cabeça. O agressor, de 31 anos, havia fugido.

O idoso relatou que o suspeito se aproximou, ameaçou dizendo que iria “cortar sua garganta” e iniciou as agressões usando um galho de árvore. Mesmo caído, o gari continuou sendo atingido e ainda sofreu mordidas no braço direito. Após o ataque, o celular da vítima desapareceu, e buscas realizadas pela Guarda Municipal não conseguiram localizá-lo.

Prisão e esclarecimentos

O suspeito foi localizado momentos depois em uma rua próxima ao parque. Ele confessou o crime, alegando ter agido agressivamente porque acreditava que o trabalhador estaria fotografando sua namorada. O homem também informou que possui problemas psicológicos.

Ele foi detido, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelos crimes de ameaça e lesão corporal, e foi liberado com compromisso de comparecer em audiência no Juizado Especial Criminal.

A vítima recebeu atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul e permanece afastada de suas atividades enquanto se recupera.