O Anel Rodoviário de Belo Horizonte terá monitoramento completo com câmeras inteligentes do programa Muralha BH, novo projeto de vigilância da capital que busca coibir infrações e ações criminosas. A iniciativa permitirá identificar, em tempo real, caminhões que invadem a faixa da esquerda, veículos com queixas de furto ou roubo e casos de descarte irregular de lixo. O anúncio foi feito pelo prefeito Álvaro Damião (União Brasil) nesta segunda-feira (6).
“Ninguém passará pelo Anel Rodoviário sem ser identificado. O caminhão que trafegar pela esquerda será multado de ponta a ponta. Quem respeita a sinalização não tem do que reclamar. O Muralha BH vai controlar toda a passagem de pessoas e veículos”, afirmou o prefeito.
Monitoramento estratégico
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que a primeira fase do projeto, prevista para dezembro deste ano, contará com nove pontos de monitoramento nos dois sentidos do Anel, equipados com câmeras capazes de identificar placas de veículos. Até o final de 2026, a expectativa é de 27 pontos monitorados com 179 câmeras inteligentes, totalizando 12 mil aparelhos em toda a cidade, com tecnologia de reconhecimento facial e leitura de placas.
Além do Anel, o sistema abrangerá vias principais, saídas de bairros e corredores urbanos, permitindo rastrear veículos desde o centro até regiões como Venda Nova e Barreiro. As câmeras também serão instaladas em passarelas para coibir o tráfego de motocicletas em áreas destinadas a pedestres e para multar veículos pesados que utilizem indevidamente a faixa da esquerda.
Segurança no trânsito
Especialistas reforçam que o monitoramento da faixa da esquerda por caminhões contribui para a redução de acidentes. Segundo Alysson Coimbra, diretor da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), a faixa da esquerda deve ser usada apenas para ultrapassagens ou veículos mais rápidos. “Restringir caminhões nessa faixa e intensificar a fiscalização é uma medida necessária, educativa e preventiva de tragédias evitáveis”, explicou.
O Anel Rodoviário de BH ganhou notoriedade por acidentes envolvendo caminhões e carretas que perdem o freio, causando colisões graves. O programa Muralha BH pretende coibir essas infrações e ampliar a segurança da via.
Funcionamento das câmeras e tecnologia
A rede de vigilância contará com três categorias de equipamentos:
- 8 mil câmeras de segurança, sendo 1.890 com giro de 360°;
- 2.650 câmeras para leitura de placas veiculares;
- 1,5 mil equipamentos com reconhecimento facial.
Todas as imagens serão centralizadas no Centro de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), que funciona 24 horas e integra órgãos como Guarda Municipal, BHTrans, Polícias Militar e Civil, SAMU e Corpo de Bombeiros. A inteligência artificial do sistema emitirá alertas automáticos para identificar veículos roubados, pessoas procuradas ou desaparecidas e comportamentos suspeitos. A decisão final, porém, caberá aos agentes públicos.
Atualmente, a cidade possui cerca de 5 mil câmeras. Com o Muralha BH, a rede será ampliada em 140%, abrangendo praças, parques, escolas, centros de saúde, vias principais e corredores de entrada e saída da capital. Segundo o diretor-presidente da Prodabel, Fernando Lopes, o reconhecimento facial será feito por meio de comparações com bases de dados das forças de segurança, aumentando a capacidade de prevenção e resposta a crimes.
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