Policial civil que liberava bens apreendidos é preso em Minas Gerais

Um policial civil foi preso por suspeita de corrupção, concussão e embaraço a investigações em Muriaé, na Zona da Mata, nesta segunda-feira (22), durante a Operação Mateus 6:24.

A operação foi defkagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Civil. Segundo as apurações, o agente, lotado na Delegacia de Muriaé, teria cobrado propina de particulares para liberar bens apreendidos em inquéritos policiais. Ele também é acusado de interferir no andamento de investigações e de usar violência e ameaças para intimidar vítimas.

Ao todo, foram cumpridos 11 mandados judiciais nas cidades de Muriaé e Mercês, um mandado de prisão preventiva contra o policial civil investigado; mandados de busca e apreensão de materiais de interesse à investigação; um mandado de afastamento do investigado de suas funções na Polícia Civil de Minas Gerais; um mandado de recolhimento de armas de fogo particulares e funcionais; um mandado judicial de proibição de acesso a sistemas de informações policiais; um mandado de proibição de contato e frequência nas unidades das Delegacias de Polícia Civil de Muriaé; um mandado de proibição de contato com vítimas, familiares, testemunhas e informantes do caso; e um mandado de suspensão da posse e porte de armas de fogo.

Na ação, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, documentos, munições e outros materiais considerados relevantes para a investigação.

O policial foi preso pela Corregedoria de Polícia na cidade de Mercês. A operação contou com a participação de sete promotores de Justiça, além de delegados, policiais da Corregedoria e servidores do MPMG.

De acordo com o Ministério Público, a Operação Mateus 6:24 tem como objetivo desarticular esquemas de corrupção dentro da própria instituição policial e garantir maior transparência e integridade nas investigações.