Patos de Minas registra primeiro caso de febre amarela

A Prefeitura de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, confirmou nesta quinta-feira (25) o primeiro caso humano de febre amarela no município. A paciente é uma idosa que buscou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em 30 de agosto, apresentando mal-estar e desidratação. Exames enviados à Fundação Ezequiel Dias (Funed) confirmaram a presença do vírus.

Segundo a prefeitura, a paciente havia sido vacinada, o que contribuiu para que os sintomas fossem leves. Ela não precisou de internação e segue em recuperação em casa, em bom estado de saúde. A investigação sobre a origem da infecção está em andamento, considerando que a idosa possui residência tanto na área urbana quanto rural da cidade.

Medidas de prevenção e vacinação

Com o caso confirmado, Patos de Minas passou a ser considerada área de risco para a febre amarela. A Secretaria Municipal de Saúde anunciou diversas ações imediatas para conter a circulação do vírus, incluindo:

• Ampliação da vacinação para a população não imunizada;
• Funcionamento do Vacimóvel em frente ao antigo Fórum, de 25/9 a 28/9, das 8h às 16h;
• Mutirões de vacinação nos bairros Sorriso, Ipanema, Brasil, Abner Afonso e Panorâmico no sábado (27/9), das 8h às 16h;
• Bloqueio vacinal e visitas casa a casa em áreas frequentadas pela paciente, como Nova Floresta e regiões de chacreamento;
• Pulverização intradomiciliar e peridomiciliar para eliminação do mosquito transmissor;
• Conferência de cartões de vacinação e imunização de toda a população na região afetada.

Atualmente, a cobertura vacinal do município é de 81,45%, abaixo do índice recomendado de 95% pelo Ministério da Saúde. Crianças menores de 4 anos devem receber duas doses da vacina, aos 9 meses e 4 anos, enquanto pessoas acima de 5 anos recebem uma dose única ao longo da vida.

Transmissão e cuidados

A febre amarela é transmitida por mosquitos, e não ocorre contágio de pessoa para pessoa. No ambiente urbano, o vetor é o Aedes aegypti, enquanto no ambiente silvestre, os mosquitos mais comuns são dos gêneros Haemagogus e Sabethes.

Autoridades reforçam que macacos não transmitem a doença. Caso sejam encontrados mortos, a população deve comunicar o Centro de Controle de Zoonoses, evitando matá-los, o que compromete ações de saúde pública.

Sintomas da febre amarela

• Febre súbita;
• Dores no corpo e nas costas;
• Calafrios;
• Náuseas e vômitos;
• Dor de cabeça intensa;
• Fadiga;
• Fraqueza.

Cerca de 15% dos casos podem evoluir para formas graves, com icterícia, alterações no fígado e rins e hemorragias gengivais.

Vacinação

O SUS disponibiliza a vacina em todas as Unidades Básicas de Saúde, seguindo o Programa Nacional de Imunizações:

• Crianças menores de 5 anos: duas doses (9 meses e 4 anos);
• Pessoas de 5 a 59 anos não vacinadas: dose única;
• Quem recebeu apenas uma dose antes dos 5 anos: dose de reforço;
• Pessoas acima de 60 anos: vacinação após avaliação médica;
• Viajantes internacionais ou para áreas de risco: dose pelo menos 15 dias antes da viagem.

A secretaria reforça que a vacinação é a principal medida de prevenção e controle da doença, além das ações de bloqueio e controle de mosquitos.