Mulher é presa suspeita de agredir filha de 2 anos no Barreiro, em BH

Uma jovem de 22 anos foi presa nesse domingo (31) suspeita de agredir a própria filha, de 2 anos, no bairro Lindeia, na região do Barreiro, em Belo Horizonte. As imagens da agressão foram registradas por uma câmera instalada no quarto das crianças pelo companheiro da mulher, de 38 anos, que acionou a Polícia Militar (PMMG).

Segundo a corporação, o casal vive em união estável há cerca de cinco anos e tem gêmeos, um menino e uma menina. Nas gravações entregues à polícia, a mãe aparece sufocando o rosto da filha contra o colchão, desferindo tapas e dando um chute que jogou a cabeça da criança contra a parede. Ao ouvir o choro, o pai entrou no quarto, retirou a menina do local, confrontou a companheira e chamou os militares.

Histórico de suspeitas

O homem relatou que, quando a filha tinha apenas 1 ano, ela sofreu uma fratura no fêmur sem explicação. Na época, ele procurou o Conselho Tutelar do Barreiro, mas a denúncia não teve encaminhamento por falta de provas. Diante da suspeita, decidiu instalar a câmera que registrou a agressão no último fim de semana.

Versão da mãe

À Polícia Militar, a mulher afirmou que estava separada do companheiro havia alguns dias e que era constantemente cobrada a cuidar sozinha dos filhos e da casa. Segundo ela, o homem dizia que sua única obrigação era sustentar financeiramente o lar, enquanto a ela caberia exclusivamente o cuidado com os gêmeos.

A jovem disse ainda que precisou deixar o trabalho por falta de apoio e relatou que, uma semana antes do episódio, pediu ao companheiro que cuidasse das crianças. Ele teria respondido que só ajudaria caso ela mantivesse relações sexuais com ele, proposta que ela interpretou como uma forma de chantagem.

A mãe declarou também que os filhos costumam fazer birra, o que a deixava sobrecarregada, e que, no dia da ocorrência, acumulou frustrações relacionadas à rotina e à divisão de responsabilidades com o companheiro. Nervosa, disse ter perdido o controle e cometido as agressões.

Investigação

A mulher foi levada para prestar depoimento em uma delegacia e está à disposição da Justiça. O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).