O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou nesta quinta-feira (11) o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte. O crime ocorreu em 11 de agosto, no bairro Vista Alegre, Região Oeste da capital, quando o trabalhador foi baleado após uma discussão sobre a passagem de um caminhão de lixo.

Motivo fútil e agravantes
Segundo a denúncia, Renê agiu por motivo fútil, atirando em via pública com arma de fogo ilegal e dificultando a defesa da vítima. O promotor de Justiça Claudio Maia de Barros afirmou que a conduta do empresário demonstrou “notório desprezo pelos trabalhadores que ali exerciam digna e relevante atividade”.
O documento também cita que Renê tentou manipular a investigação ao pedir à esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, que entregasse uma arma diferente da utilizada no crime, com o objetivo de confundir a perícia. Ela não atendeu ao pedido.
Julgamento e pedido de indenização
O MPMG solicitou que o réu seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri. Caso condenado, o órgão pede que Renê pague ao menos R$ 150 mil em indenização à família de Laudemir, a título de reparação por danos morais e materiais.
Situação da delegada
Ana Paula Balbino, esposa do acusado, já havia sido indiciada por porte ilegal de arma, por supostamente ter permitido que Renê usasse sua arma funcional. Nesta quinta, a Polícia Civil informou ainda que ela foi denunciada por prevaricação pela Corregedoria, crime que se caracteriza por retardar ou deixar de praticar ato de ofício em razão de interesse pessoal. A delegada está afastada das funções desde 13 de agosto, por motivos de saúde.
Prisão e investigações
Renê foi preso no mesmo dia do crime, em uma academia, e permanece custodiado no Presídio de Caeté, na Região Metropolitana de BH. Inicialmente, ele negou a autoria do homicídio e tentou apresentar um álibi, mas imagens de câmeras de segurança e exames de balística comprovaram a ligação dele com o disparo. Uma semana depois, ele confessou ter atirado contra o gari.
O empresário responde por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima), ameaça à motorista do caminhão de coleta e porte ilegal de arma de fogo. Se condenado, pode pegar até 35 anos de prisão.
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