A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) informou, nessa quarta-feira (10), que encaminhou ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) um relatório técnico que comprova a qualidade da água fornecida na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A manifestação ocorre após relatos de moradores sobre gosto e odor de barro na água, além do aumento de casos de Doença Diarreica Aguda (DDA) em Contagem, onde autoridades municipais, estaduais e o Ministério Público investigam as possíveis causas.
Segundo a Copasa, as análises fazem parte do monitoramento contínuo da companhia, que acompanha mais de 130 parâmetros de potabilidade. A empresa afirmou ainda que contratou um laboratório independente para realizar exames adicionais, que também confirmaram a segurança do recurso hídrico. O documento entregue ao MPMG possui mais de 300 páginas.
Em nota, a companhia ressaltou que a água distribuída não oferece risco à saúde da população.
“Os consumidores que perceberem alterações de gosto ou odor devem acionar os canais oficiais da Copasa para que uma equipe vá ao local, realize coleta da amostra e encaminhe para novos testes”, destacou.
Situação em Contagem
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, entre 3 de agosto e 8 de setembro, foram registrados 1.957 atendimentos por gastroenterites e DDA nas unidades de saúde do município.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) explicou que a doença pode ter origem em bactérias, vírus ou parasitas, geralmente associados ao consumo de água e alimentos contaminados, bem como à falta de saneamento e higiene adequada. Embora muitos casos sejam autolimitados, há risco de desidratação, sobretudo em crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade.
Ações do governo
O Estado acompanha a situação por meio do Sistema de Vigilância de Doenças Diarreicas Agudas (Sivep-DDA) e das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), que auxiliam na detecção de surtos e na adoção de medidas de controle.
A SES-MG também mantém o Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua), responsável por avaliar parâmetros físico-químicos e microbiológicos. Em casos emergenciais, o programa disponibiliza hipoclorito de sódio para desinfecção domiciliar.
Recentemente, o governo estadual destinou R$ 50,3 milhões para reforçar as ações municipais de vigilância da água em todo o território mineiro. A pasta reforçou ainda a importância de cuidados básicos da população, como higienizar corretamente as mãos, consumir água tratada, manipular e armazenar alimentos de forma adequada e procurar atendimento médico diante de sintomas como febre, diarreia persistente ou sinais de desidratação.
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