A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) anunciou, nesta terça-feira (16), a conclusão do inquérito que investiga o homicídio da professora Soraya Tatiana Bomfim França. O principal suspeito, seu filho Matteos França Campos, de 32 anos, está preso desde 25 de julho e foi indiciado pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Ana Paula Rodrigues de Oliveira, o comportamento do suspeito durante a investigação chamou atenção pela frieza.
“A cada avanço, constatamos que o crime era ainda mais cruel. Ele não demonstrou arrependimento em nenhum momento”, afirmou a delegada.
Circunstâncias do crime
Horas antes do assassinato, mãe e filho trocaram mensagens afetuosas. No entanto, uma discussão sobre transações financeiras suspeitas teria motivado o homicídio. Soraya percebeu movimentações estranhas em seu cartão de crédito, ligou para o banco e confrontou o filho sobre a situação. Segundo a investigação, Matteos vinha desviando valores por meio de boletos e usando o cartão da mãe para quitar dívidas pessoais, acumuladas em apostas esportivas e empréstimos consignados.
Durante a briga, Matteos aplicou um golpe de mata-leão, que provocou a ruptura do osso hioide da vítima, resultando em sua morte. Depois do crime, ele viajou para a Serra do Cipó e participou de atividades sociais normalmente, sem demonstrar qualquer arrependimento.
Motivação financeira
A Polícia Civil acredita que o patrimônio de Soraya tenha sido um fator determinante para o crime. A professora possuía seguro de vida de R$ 70 mil, previdência privada de R$ 40 mil e outros investimentos. Matteos, endividado e viciado em apostas, teria pressionado a mãe para assumir seus débitos.
Desdobramentos
O corpo de Soraya foi encontrado no dia 20 de julho, em Vespasiano, parcialmente coberto por um lençol e com sinais de violência. Ela estava desaparecida desde a noite do dia 18. Após a prisão de Matteos, ele confessou o crime, detalhando a discussão e o motivo do homicídio.
O inquérito concluiu que Matteos deverá responder por feminicídio com agravante de asfixia, além de fraude processual e ocultação de cadáver. A Polícia Civil recomendou a manutenção da prisão preventiva, considerando o risco social e a frieza demonstrada pelo suspeito.
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