Um Kia Cerato foi encontrado em chamas na Região Norte de Belo Horizonte na noite desta segunda-feira (22). A Polícia Militar (PM) suspeita que o veículo tenha sido utilizado na execução da advogada Kamila Cristina Rodrigues dos Santos, de 32 anos, morta a tiros na manhã do mesmo dia no bairro Ermelinda, Região Noroeste da capital.
De acordo com o boletim de ocorrência, moradores do bairro Etelvina Carneiro acionaram a polícia por volta das 22h, após observarem um carro circulando de maneira suspeita, com vidros escuros e fazendo trajetos desconexos, como se estivesse tentando despistar alguém.
Durante as buscas, os militares localizaram o veículo em chamas em um trecho de difícil acesso da Estrada Botão de Rosa. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu controlar o incêndio, mas o automóvel ficou completamente destruído, restando apenas a estrutura carbonizada.
Por meio da placa, os policiais confirmaram que se tratava de um Kia Cerato. A investigação preliminar aponta que o veículo era clonado: o carro original está registrado no município de Tupaciguara, no Triângulo Mineiro. A suspeita é de que ele tenha sido usado na fuga dos criminosos após a execução da advogada e incendiado para ocultar provas.
Apesar das buscas realizadas na região, ninguém foi preso até o momento.
Execução no bairro Ermelinda
O crime aconteceu por volta das 7h07, na Rua Otaviano Fabri, quando Kamila saía de casa e estava ao lado do próprio carro, um Fiat Fiorino. Segundo testemunhas, um carro prata parou próximo ao local, e um homem desceu do veículo, efetuando pelo menos 20 disparos contra a vítima.
Após o ataque, o atirador entrou novamente no veículo, pelo lado do passageiro, e fugiu em alta velocidade em direção ao Anel Rodoviário. Kamila morreu na hora. Até agora, nenhum suspeito foi identificado ou localizado.
A Polícia Civil investiga se o homicídio está relacionado à atuação profissional da advogada, que já havia relatado ameaças anteriormente.
Vídeo publicado nas redes sociais
Pouco antes de ser morta, viralizou nas redes sociais um vídeo em que Kamila afirmava estar “de guerra”, possivelmente em referência a conflitos pessoais ou profissionais. Na gravação, ela manda um recado direto:
“Boa noite, gente. Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa de luz, uma pessoa legal até certo ponto. Então, tô botando aqui porque fofoqueiro tem um monte, né? Então já pode passar o recado. Eu tô de guerra, tá. Então, começou com história triste, com mimimi, vai pra desgraça pra lá. Eu estou de guerra e com quem eu tô sabe, entendeu?”, disse Kamila.
No local do crime, o namorado da advogada contou à PM que ela tinha desavenças com uma mulher, mas ainda não é possível confirmar ou descartar o envolvimento dessa pessoa no assassinato.
Investigações em andamento
A perícia foi acionada e realizou os primeiros levantamentos tanto na cena do crime quanto no local onde o carro foi encontrado incendiado. A Polícia Civil trabalha para identificar os suspeitos e esclarecer se o homicídio tem ligação direta com casos que Kamila defendia ou se envolve conflitos pessoais.
Até o momento, nenhuma prisão foi efetuada, e as autoridades seguem em busca de informações que ajudem a elucidar o crime.
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