Tarifa Zero em BH: vereadores se reúnem com secretariado da PBH para discutir projeto

Vereadores de Belo Horizonte que defendem a implantação da Tarifa Zero no transporte público vão se reunir, na próxima segunda-feira (25), com integrantes do secretariado municipal e pesquisadores que apoiam a proposta. O encontro foi confirmado pela Prefeitura e está marcado para as 15h, na sede do Executivo.

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Participarão da reunião o secretário de Fazenda, Pedro Meneguetti; o de Mobilidade Urbana, Guilherme Willer; o de Planejamento, Orçamento e Gestão, Bruno Passeli; além do secretário de Governo, Guilherme Daltro.

O debate terá como base um estudo elaborado pela Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG. A pesquisa aponta que a adoção de uma taxa para custear a Tarifa Zero elevaria a folha de pagamento das empresas em média 0,91%, percentual considerado baixo e com pouca chance de provocar a saída de companhias da capital.

Expectativa por apoio político

A expectativa dos parlamentares e pesquisadores é esclarecer dúvidas sobre a viabilidade financeira da medida e tentar sensibilizar o prefeito Álvaro Damião (União), que tem se manifestado contra o projeto. Em declarações recentes, o chefe do Executivo chamou a proposta de “utopia” e disse que não há condições para implementá-la no momento.

A vereadora Iza Lourença (Psol), autora do Projeto de Lei, afirmou que três vereadores que não assinaram o texto já se mostraram favoráveis à medida. Somados aos signatários, seriam 25 votos, a aprovação, no entanto, exige apoio de 28 dos 41 parlamentares.

“Estamos confiantes de que, com o apoio popular e até mesmo de setores do empresariado, será possível aprovar a proposta em primeiro turno, talvez até por unanimidade. Acreditamos que há força política para viabilizar a Tarifa Zero em BH”, disse Iza.

Prefeito resiste

Apesar da movimentação, o prefeito mantém posição contrária. Para Álvaro Damião, discutir o tema sem números concretos gera falsas expectativas na população.

“Essa discussão precisa ser feita com base em dados. É uma maldade debater algo que sabemos não ser viável. Quem vai pagar a conta? As empresas de ônibus vão bancar salários, óleo diesel, custos de operação de graça? O que está na mesa hoje é uma utopia e acaba iludindo quem depende do transporte coletivo todos os dias”, declarou.