Policial penal suspeito de feminicídio é transferido para unidade médico-penal em Ribeirão das Neves

O policial penal Rodrigo Caldas, de 45 anos, principal suspeito de matar a companheira Priscila Azevedo Mundim, foi transferido da Casa de Custódia do Policial Penal e do Agente Socioeducativo, em Matozinhos, para o Centro de Apoio Médico Pericial (CAMP), em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A entrada na unidade ocorreu na última quarta-feira (20).

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Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Rodrigo permanecerá sob acompanhamento médico específico e, ao final do atendimento, retornará à Casa de Custódia. O CAMP é uma unidade médico-penal que atende detentos com doenças mentais, realiza tratamentos psiquiátricos e médicos temporários, além de exames periódicos de cessação de periculosidade, conforme determinações judiciais.

Rodrigo Caldas estava internado no Hospital João XXIII desde o dia do crime, em 16 de agosto, no bairro Padre Eustáquio, na região Noroeste de Belo Horizonte, após tentar tirar a própria vida.

Relembre o caso

O feminicídio ocorreu quando o casal, junto há cerca de cinco meses, teve um desentendimento. Segundo a Polícia Militar, um tio do policial recebeu uma ligação em que Rodrigo confessava o crime e dizia que também iria se matar, acionando imediatamente a corporação.

Priscila foi encontrada já sem vida, e Rodrigo foi socorrido com uma facada no abdômen. De acordo com familiares, o laudo indicou que a vítima morreu por asfixia mecânica combinada com traumatismo craniano contuso, ou seja, foi enforcada enquanto sofria golpes na cabeça.

Priscila deixou dois filhos de outro relacionamento: um jovem de 22 anos e uma menina de 11.