MPMG pede bloqueio de R$ 3 milhões em bens de empresário que matou gari em BH

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu o bloqueio de R$ 3 milhões em bens do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, e de sua esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira. A medida atende a um pedido da defesa da família do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, morto em Belo Horizonte no último dia 11.

Siga o Por Dentro de Minas no Google e receba as últimas notícias de BH e Minas Gerais

Seguir no Google

Segundo o MPMG, o objetivo é evitar que o patrimônio do casal seja ocultado antes do pagamento de eventual indenização aos familiares da vítima. O parecer favorável da promotoria reforça a necessidade de garantir recursos para a reparação.

O crime

Renê foi preso horas após o homicídio, ocorrido no bairro Vista Alegre. De acordo com a investigação, ele se irritou porque um caminhão de coleta de lixo impedia a passagem do carro em que estava. Primeiro, ameaçou a motorista do veículo e, em seguida, atirou contra Laudemir, que trabalhava na coleta. O projétil atravessou o corpo do gari, atingindo costelas e antebraço.

O empresário foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça. Se condenado, pode cumprir até 30 anos de prisão.

Confissão e arma da delegada

Inicialmente, Renê negou o crime. Porém, em novo interrogatório, realizado nesta segunda-feira (18) no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), confessou ter atirado contra o gari após a discussão de trânsito. A Polícia Civil confirmou a confissão nesta terça-feira (19).

Renê afirmou que usou uma pistola calibre .380 de sua esposa, a delegada Ana Paula. Ele disse que ela não sabia que ele havia levado o armamento, o que também foi declarado pela própria delegada.

Exames de balística confirmaram que o disparo partiu da arma de uso pessoal dela. Dois armamentos da policial foram apreendidos na residência do casal. A Corregedoria da Polícia Civil apura se a delegada terá alguma responsabilidade administrativa, embora não haja indícios de participação direta no crime.

Confira a nota do Ministério Público de Minas (MPMG) no Instagram:

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Ministério Público de Minas Gerais (@mpmg.oficial)