Delegada da PCMG é indiciada por porte ilegal de arma após morte de gari

A delegada Ana Paula Lamego Balbino, esposa de Renê da Silva Nogueira Júnior, assassino confesso do gari Laudemir de Souza Fernandes, foi indiciada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, crime que ocorre quando o proprietário cede ou empresta o equipamento a terceiros.

Segundo o delegado Evandro Radaelli, a investigação começou quando a polícia identificou que Ana Paula tinha ciência de que o marido utilizava a arma de sua propriedade. A pena prevista para o crime varia de 2 a 4 anos, podendo ser aumentada em metade por se tratar de servidora pública, conforme avaliação do poder judiciário.

A delegada foi afastada de suas funções dois dias após o homicídio, em 13 de agosto, para tratamento médico no Hospital da Polícia Civil, por um período inicial de 60 dias, prorrogável conforme avaliação médica. Em paralelo, a Corregedoria da PCMG instaurou procedimento administrativo para apurar sua participação no caso, incluindo o uso da arma pelo marido.

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Nesta quinta-feira (28), Ana Paula foi substituída no Comitê de Ética em Pesquisa da Academia da Polícia Civil de Minas Gerais, cargo que ocupava desde agosto de 2024. A substituição foi publicada no Diário Oficial do Estado, mas não especifica se a mudança é definitiva. O Comitê foi criado para desenvolvimento técnico-científico dos servidores e para garantir a integridade e padrões éticos das pesquisas realizadas.

Durante o processo investigativo, Ana Paula afirmou à Corregedoria que o marido não tinha acesso às armas e que não possuía informações sobre o crime cometido por ele. O inquérito sobre o homicídio de Laudemir foi concluído na sexta-feira (29), culminando no indiciamento da delegada.