O advogado Gabriel Arruda anunciou, nesta terça-feira (5), que não representará mais Matteos França Campos, de 32 anos, acusado de matar a própria mãe, a professora Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O comunicado foi feito por meio de vídeo publicado pelo escritório de advocacia.
“Após criteriosa análise, decidimos não dar prosseguimento à defesa no processo envolvendo a morte da professora Soraya Tatiana. Tal decisão refere-se a valores éticos e morais do nosso escritório”, declarou Arruda. A nota ainda prestou solidariedade aos familiares, amigos e alunos da vítima.
Matteos está preso preventivamente desde 27 de julho, dois dias após confessar o crime. O corpo da professora foi encontrado cinco dias antes, sob um viaduto em Vespasiano, coberto por um lençol. Ele foi detido inicialmente no Ceresp Gameleira e, após duas transferências, está atualmente no presídio de Caeté. A investigação corre sob segredo de Justiça.
Confissão e detalhes do caso
Em depoimento à Polícia Civil, Matteos alegou estar sob forte pressão emocional devido a dívidas acumuladas por conta de empréstimos e apostas on-line. Durante uma discussão com a mãe sobre sua situação financeira, afirmou ter tido um surto e a enforcado. A causa da morte foi registrada como esganadura, asfixia provocada com as mãos.
Apesar da confissão, Matteos chegou a participar do velório da mãe e concedeu entrevista à imprensa durante o enterro, afirmando que a família estava “devastada” e pedindo por respostas.
A polícia descarta motivação sexual no crime. A linha de investigação aponta que a discussão envolvendo problemas financeiros levou à morte da professora. Após o assassinato, Matteos teria colocado o corpo no carro da vítima e o deixado em uma área próxima a um viaduto.
Tentativa de despistar a polícia
No dia 18 de julho, o suspeito registrou um boletim de ocorrência relatando o desaparecimento da mãe. Alegou ter viajado para a Serra do Cipó na noite anterior, enquanto Soraya teria ficado sozinha em casa. Disse ainda que tentou contato com ela por mensagens, mas não obteve resposta.
A ausência da professora levou parentes a acionarem um chaveiro para acessar o apartamento, onde ela não foi encontrada. Dias depois, o corpo foi localizado em Vespasiano.
Matteos França Campos está preso preventivamente desde a decisão da juíza Juliana Beretta Kirche. O processo segue em andamento sob sigilo.
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