Caso da torta de frango: PCMG conclui investigação sobre família intoxicada em BH

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nesta terça-feira (26), a investigação sobre o caso de intoxicação com torta de frango em Belo Horizonte que deixou duas pessoas hospitalizadas por quase três meses e causou a morte de uma idosa. O episódio ocorreu em abril deste ano, após o consumo de uma torta de frango comprada em uma padaria no bairro Serrano, Região da Pampulha. Os resultados do inquérito serão apresentados nesta quarta-feira (27), em coletiva de imprensa.

Na ocasião, o casal Fernanda Isabella de Morais Nogueira, de 23 anos, e José Vitor Carrillo Reis, de 24, apresentou sintomas graves de intoxicação e precisou de internação imediata. Ambos chegaram a ocupar leitos de UTI no Hospital Municipal Monsenhor Flávio Donato, em Sete Lagoas, e depois foram transferidos para um hospital particular em Belo Horizonte. Eles receberam alta apenas em julho, após quase três meses de internação.

A avó de Fernanda, Cleuza Maria de Jesus, de 78 anos, também consumiu alimentos adquiridos na padaria. Dias depois, ela foi hospitalizada em um hospital particular da capital, mas não resistiu e morreu.

Investigações e análises laboratoriais

Inicialmente, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) tratou o caso como suspeita de botulismo, doença rara causada pela bactéria Clostridium botulinum. Exames preliminares, porém, também levantaram a possibilidade de intoxicação por substâncias químicas, como carbamato e organofosforado, utilizados em inseticidas.

O Instituto Adolfo Lutz descartou a presença de toxina botulínica, mas análises complementares foram solicitadas para confirmar a origem da contaminação.

Padaria foi interditada

Ainda em abril, a Vigilância Sanitária de Belo Horizonte interditou a Padaria Natália, onde o alimento foi comprado. Durante a inspeção, os fiscais constataram que o estabelecimento não possuía alvará sanitário nem estava regularizado junto ao sistema municipal.