O mineiro Bernardo Henrique Soares, de 19 anos, estudante de Ciências Contábeis na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), permanece internado em Vila Velha (ES) quase três meses após ter sido atropelado enquanto atravessava a rodovia ES-060 de patinete. O acidente, ocorrido em 31 de maio, deixou o jovem com traumatismo craniano grave e sequelas cognitivas que ainda não foram totalmente avaliadas pelos médicos.
Segundo familiares, Bernardo foi atingido por um carro em alta velocidade enquanto atravessava a faixa de pedestres no Bairro Jockey de Itaparica. O motorista não prestou socorro, mas foi impedido de fugir por populares presentes no local. Desde então, a família busca testemunhas e imagens que ajudem a esclarecer o acidente, enquanto o condutor ainda não foi formalmente ouvido pela polícia, apesar dos pedidos reiterados da defesa da vítima.
Estado de saúde delicado
Após o atropelamento, Bernardo passou por uma cirurgia de aspiração na região da cabeça, mas apresentou complicações como aumento da pressão intracraniana e febre. Ele precisou de traqueostomia e tratamento com antibióticos contra pneumonia. Segundo o padrasto, Gustavo Martins, a recuperação tem sido lenta:
“A parte cognitiva ainda não evoluiu e, embora a motricidade esteja melhorando, ele precisa de tempo e muito tratamento. Muitas vezes ele está com os olhos abertos, mas ‘no mundo da lua’”.
Motorista tinha suspeita de embriaguez e CNH suspensa
De acordo com a família, o motorista estava acompanhado de duas mulheres no momento do acidente e apresentava sinais de embriaguez. Ele teria afirmado que uma das mulheres estava dirigindo o veículo. A Polícia Militar do Espírito Santo confirmou que o motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro. Além disso, sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) estava suspensa desde 2022. Ele recebeu apenas um auto de infração e foi liberado, sem prisão.
Gustavo Martins critica a atuação da polícia:
“O motorista não prestou socorro e, dias antes, já tinha sido parado em uma blitz com irregularidades, mas foi liberado. É um descaso com a lei e com a vida do meu enteado”.
A advogada de Bernardo, Renata Albuquerque, afirmou que o boletim de ocorrência apresenta falhas. Segundo ela, o motorista deveria ter sido conduzido à delegacia devido à suspeita de embriaguez, mas foi liberado no local. Ela também destacou que o condutor acumula oito registros de ocorrências de trânsito, incluindo direção perigosa.
Investigação em andamento
O caso está sob investigação da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT) do Espírito Santo. Até o momento, ninguém foi preso. A Polícia Civil informou que todas as medidas legais estão sendo tomadas e que o processo segue dentro dos prazos legais. Para preservar a integridade da investigação, novas informações não foram divulgadas.
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