Zema libera R$ 585 milhões ao Ipsemg após aumentar piso e teto de contribuição

O governador Romeu Zema (Novo) anunciou um aporte de cerca de R$ 585 milhões ao Instituto de Previdência dos Servidores de Minas Gerais (Ipsemg). A operação, autorizada pela Assembleia Legislativa no último dia 15 e sancionada pelo governador no sábado (26), será realizada por meio de crédito suplementar.

O valor é resultado do excesso de arrecadação previsto pelo governo para o período entre maio e dezembro de 2025. Segundo o Ipsemg, dos R$ 585 milhões, R$ 436,9 milhões correspondem às contribuições dos servidores estaduais beneficiários dos serviços de assistência à saúde oferecidos pelo instituto, enquanto R$ 148 milhões são referentes à contribuição patronal, ou seja, repasses do Estado.

A maior parte do aporte (mais de 74%) vem das contribuições dos servidores, enquanto a parcela repassada pelo governo representa cerca de 26%. A contribuição patronal, paga pelo Tesouro Estadual, corresponde a 50% do valor pago pelos beneficiários e seus dependentes.

O aumento nas contribuições foi aprovado pela Assembleia em dezembro de 2024 e entrou em vigor em abril deste ano. O piso de contribuição subiu de R$ 33,08 para R$ 60, enquanto o teto passou de R$ 275,15 para R$ 500. Além disso, a reforma do Ipsemg também triplicou a contribuição dos dependentes maiores de 21 anos, que passou de R$ 30 para R$ 90.

O crédito suplementar é um reforço no orçamento em relação ao previsto no início do ano. Em Minas Gerais, esses aportes são limitados a 30% das despesas totais. O valor destinado ao Ipsemg representa apenas 0,43% do orçamento previsto para 2025, que é de aproximadamente R$ 134 bilhões.